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Mario Draghi é hipótese para a presidênca do Conselho Europeu, diz FT

O Financial Times avança que o nome do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) é apontado por dirigentes europeus e diplomatas como potencial substituto de Charles Michel.

Mario Draghi - Atual primeiro-ministro - Menos poder, por mais tempo. Foi o presidente do Banco Central Europeu (BCE) que ficou conhecido como o salvador do euro quando prometeu que tudo faria para resolver a crise das dívidas soberanas. Após ter deixado o cargo, Mario Draghi (atualmente com 74 anos) foi chamado a resolver um impasse governativo em Itália, tendo-se tornado primeiro-ministro do país em fevereiro de 2021. Agora, poderá saltar para o cargo de Presidente, liderando o Estado durante a implementação do plano de recuperação e resiliência.
GUGLIELMO MANGIAPANE
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 09 de Janeiro de 2024 às 13:07
A saída antecipada de Charles Michel da presidência do Conselho Europeu poderá marcar o regresso de Mario Draghi aos comandos de uma instituição europeia. Segundo o Financial Times, a possibilidade foi expressa por dirigentes europeus e diplomatas. 

Charles Michel anunciou este sábado que iria deixar o cargo para concorrer às eleições europeias, que decorrem em junho. E, nos bastidores, segundo o FT, o nome do italiano Draghi é visto como uma hipótese.

"Draghi é o tipo de figura que as pessoas teriam muita dificuldade em dizer não (...) mas não é claro que outros estejam disponíveis para colocar [esta opção] em curso", afirmou Nathalie Tocci, diretora do instituto Affari Internazionali, ao meio britânico. 

Ao FT, fontes próximas de Draghi asseguraram, contudo, que o ex-presidente do Banco Central Europeu não procura assumir qualquer papel de liderança no bloco europeu. 

Além de Draghi, também terão surgido outros nomes nos corredores europeus, como o de Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, e de Mette Frederiksen, homólogo dinamarquês.

Recorde-se que o cargo de presidente do Conselho Europeu tem sido um dos apontados como sendo do interesse de António Costa. Foi aliás o motivo de um discurso recheado de alertas por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 2022, na tomada de posse do terceiro mandato consecutivo de Costa enquanto primeiro-ministro.

"Não será politicamente fácil" que a "cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições possa ser substituída por outra a meio do caminho", alertava o chefe de Estado na altura.

Costa afirmou, no passado, que não pretende ocupar cargos públicos enquanto não estiver resolvida investigação em curso no Supremo Tribunal de Justiça a propósito da Operação Influencer, mas a saída de Michel deixa a possibilidade em aberto.

O Financial Times diz que há urgência em encontrar um candidato até à saída definitiva do ainda presidente do Conselho Europeu, uma vez que, caso não aconteça, as regras ditam que a presidência passe, de forma temporária, para as mãos do responsável pelo país que assume à data a presidência rotativa da União Europeia.

Isso significaria que a liderança do Conselho Europeu ficaria nas mãos de Viktor Orbán, uma vez que a Hungria assume no segundo semestre a presidência rotativa.

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