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Mário Centeno: “Foram dois anos que pareceram dois dias”

O ministro das Finanças assinalou este sábado, 25 de Novembro, o segundo aniversário do Governo com uma visita aos serviços aduaneiros do Aeroporto de Lisboa. Admite que a versão final do OE será melhor do que a inicial e da candidatura Eurogrupo nada diz, num evento em que até se falou de Madonna.

25 de Novembro de 2017 às 15:57
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Começou por ser um lapso. Mário Centeno queria dizer "dois anos", mas saíram-lhe "dois dias". Não se atrapalhou e prosseguiu: "Dois anos que pareceram dois dias tal foi a felicidade de poder partilhado com os portugueses os sucessos, o crescimento da economia, a melhoria do mercado de trabalho" e "o processo de consolidação das contas públicas".

 

O ministro das Finanças falava aos jornalistas à margem de uma visita aos serviços aduaneiros no Aeroporto de Lisboa onde assinalou, precisamente, os dois anos deste Governo, numa altura em que, como frisou, está prestes a ser aprovado no Parlamento o terceiro Orçamento do Estado (OE) preparado por si e pela sua equipa.

 

Um Orçamento que, reconheceu, será, na sua versão final, melhor do que aquele que ele próprio fez chegar ao Parlamento a 13 de Outubro e que sofre cerca de oito dezenas de alterações.

"Findo o debate o OE que temos para executar em 2018 é um OE de rigor, robusto, de apoio à economia e às famílias, de melhoria dos serviços públicos", afirmou. "Todos os debates em democracia tendem a melhorar os objectos a eles sujeitos, e claro que é melhor" do que aquele que deu entrada.

Mário Centeno quis ainda assinalar o "enorme consenso em torno das principais medidas" que, sublinhou, "é preciso e temos de continuar a implementar".

 

Eurogrupo? Centeno ainda não abre o jogo

Fechado o capítulo do Orçamento do Estado para o próximo ano, cuja votação final no Parlamento decorre na próxima segunda-feira, 27, será tempo de pensar no Eurogrupo e numa candidatura à respectiva presidência? Centeno recusou-se a abrir o jogo, sublinhando antes que "o OE e a sua execução é a principal preocupação do ministro das Finanças de Portugal". Este debate corre no seio do Eurogrupo e a seu tempo faremos declarações sobre ele.

 

Esta sexta-feira Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que Mário Centeno "é um grande nome" e "uma candidatura forte" ao Eurogrupo, mas aconselhou a baixar expectativas para evitar desilusões: "Eu não gosto de elevar expectativas. Eu tenho uma posição na vida que é baixar expectativas. E, depois, se corre bem, grande alegria." Confrontado com as declarações do Presidente, Centeno limitou-se a comentar que "tudo o que for bom e forte para Portugal deixa-me seguramente satisfeito". E mais não disse.

 

Uma comemoração onde até se falou da Madonna

O ministro das Finanças escolheu os serviços aduaneiros do aeroporto de Lisboa para, explicou, assinalar "a importância que o comércio internacional as importações e exportações têm para a economia portuguesa e que são assinaláveis". Centeno lembrou, nesse contexto, a medida do IVA alfandegário, do OE para 2017 que, disse, "está agora a começar a ter efeito que, diz, permitiu libertar 200 milhões de euros em garantias e tesouraria para a economia".

 

Momentos antes, o Ministro, a secretária de Estado da Administração pública, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e o secretário de Estado do Tesouro, que o acompanham, haviam assistido a uma apresentação precisamente sobre o trabalho desenvolvido pelos serviços aduaneiros, com uma descrição sobre os procedimentos e os resultados conseguidos ao nível do acompanhamento dos produtos que entram e saem do país de e para países de fora da União Europeia.

E um dos exemplos dados foi o de Madonna, a cantora norte-americana que em Setembro deste ano publicou no Instagram uma foto, com ar aborrecido e a legenda: "Quando passas a semana a tentar convencer a alfândega de que és mesmo a Madonna e, mesmo assim, eles não libertam a tua encomenda".

A imagem rapidamente saltou para as notícias a, mas, afinal, o que se passou foi, tão somente, que os bens tinham chegado, mas faltava uma declaração que tinha obrigatoriamente de ser enviada para a alfândega, mas não fora, como explicou Miquelina Bebiano, directora das alfândega do Aeroporto de Lisboa.

"Tratamos todas as entidades da mesma maneira", assegurou. E se a necessária declaração não fosse feita num prazo de 90 dias, então o conteúdo da encomenda de Madonna arriscava a ser declarado perdido a favor do Estado e vendido em leilão, rematou a responsável.

 

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