Notícia
Maria Albuquerque: Não haverá "mais financiamento nem um segundo programa"
A revisão das metas do défice pela troika não significa "mais financiamento nem um segundo programa", disse hoje a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque.
01 de Outubro de 2012 às 17:17
Num discurso perante a cerimónia do 40.º aniversário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, a secretária de Estado advertiu para as consequências de Portugal deixar de cumprir o programa da 'troika'.
"O não cumprimento das exigências do programa de ajustamento conduziria a uma interrupção súbita do financiamento externo - da 'troika', mas também via Banco Central Europeu, do financiamento em mercado, e do investimento directo estrangeiro", disse Albuquerque.
O fim do financiamento resultaria no "colapso" do Estado, acrescentou.
"As contas públicas ficariam instantaneamente equilibradas, pela pura impossibilidade de gastar mais do que se tem, mas à custa do não pagamento de pensões e salários e do provável colapso da estrutura da administração pública", afirmou Albuquerque. "Teríamos um retrocesso de décadas no bem-estar das pessoas, com uma estrutura social com muito menos apoio, nomeadamente ao nível familiar, que aquela que nos caracterizou no passado."
Quanto à possibilidade de um segundo programa de assistência, Albuquerque disse que não está sobre a mesa. De qualquer forma, acrescentou, um novo pacote de ajuda "só iria impor condições ainda mais duras de cumprir".
Apesar deste panorama negro, a secretária de Estado afirmou-se convencida de que "melhores dias virão" para Portugal.
"Precisamos de esperança", afirmou. "Vai ser difícil, e não vamos poder voltar ao Portugal [que havia antes] mas, no final deste duro caminho, teremos lançado bases sólidas para a prosperidade futura de Portugal."
"O não cumprimento das exigências do programa de ajustamento conduziria a uma interrupção súbita do financiamento externo - da 'troika', mas também via Banco Central Europeu, do financiamento em mercado, e do investimento directo estrangeiro", disse Albuquerque.
"As contas públicas ficariam instantaneamente equilibradas, pela pura impossibilidade de gastar mais do que se tem, mas à custa do não pagamento de pensões e salários e do provável colapso da estrutura da administração pública", afirmou Albuquerque. "Teríamos um retrocesso de décadas no bem-estar das pessoas, com uma estrutura social com muito menos apoio, nomeadamente ao nível familiar, que aquela que nos caracterizou no passado."
Quanto à possibilidade de um segundo programa de assistência, Albuquerque disse que não está sobre a mesa. De qualquer forma, acrescentou, um novo pacote de ajuda "só iria impor condições ainda mais duras de cumprir".
Apesar deste panorama negro, a secretária de Estado afirmou-se convencida de que "melhores dias virão" para Portugal.
"Precisamos de esperança", afirmou. "Vai ser difícil, e não vamos poder voltar ao Portugal [que havia antes] mas, no final deste duro caminho, teremos lançado bases sólidas para a prosperidade futura de Portugal."