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Marcelo: "Primeiro contacto que tive sobre o SIS foi no dia 29 de abril"

O incidente deu-se a 26 de abril, mas o Presidente da República só foi informado três dias depois.

Miguel Baltazar / Jornal de Negócios
25 de Maio de 2023 às 20:46
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As dúvidas sobre o conflito no Ministério das Infraestruturas continuam a aumentar à medida que mais informações vão sendo conhecidas. Em causa estão dados simples como se e quando foi o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, informado sobre o pedido de intervenção dos serviços secretos no caso, que envolveu Frederico Pinheiro, ex-adjunto de João Galamba.

"Posso dizer que o primeiro contacto que tive com alguém foi no dia 29 de abril, no regresso da Ovibeja", afirmou, quando questionado pelos jornalistas sobre quando soube da intervenção do SIS. 

Esta quarta-feira, no Parlamento, o primeiro-ministro disse que conversou com Marcelo de Rebelo de Sousa na noite dos acontecimentos, a 26 de abril, mas assumiu não ter referido aquela matéria. 

Por esclarecer ficou se o chefe de Estado foi informado dos acontecimentos através do chefe do Governo ou por outra pessoa, uma vez que Marcelo recusou divulgar essa informação. "Se não conto as conversas que tenho, menos ainda conto as conversas que tenho sobre uma matéria em que o que eu queria dizer disse no dia 4", acrescentou, fazendo alusão ao discurso que fez dias após o primeiro-ministro ter dito que não aceitava a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

"Se eu tiver de dizer alguma coisa, direi mais tarde", reiterou.

António Costa divulgou ontem que tinha falado com Marcelo na noite dos conflitos no Ministério das Infraestruturas, tendo os deputados assumido que este tinha informado o Presidente da República sobre a intervenção do SIS na recuperação do computador do ex-adjunto de João Galamba. Contudo, o primeiro-ministro veio posteriormente frisar que não tinha revelado a Marcelo este aspeto em concreto.

Galamba disse ter chamado o SIS "para defender propriedade do Estado português", referindo-se ao computador que diz que Frederico Pinheiro levou consigo. Contudo, a intervenção das secretas gerou críticas e até levantou dúvidas sobre a legalidade desta ação, que, para Costa, foi totalmente legítima.
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