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Marcelo: “Portugal está a viver um momento de estabilidade e pacificação”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado, em Viana do Castelo, que Portugal está a viver actualmente um momento de estabilidade das instituições e de pacificação entre a sociedade.

"Nós estamos a viver, hoje, em Portugal, um momento que eu considero ser um momento de estabilidade e pacificação", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
22 de Abril de 2017 às 15:00
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"Nós estamos a viver, hoje, em Portugal, um momento que eu considero ser um momento de estabilidade e pacificação. De estabilidade das instituições e de pacificação na sociedade portuguesa, que não quer dizer unanimismo. Cada um pensa pela sua cabeça e tem ideias diferentes. Mas temos de saber construir todos os dias essa pacificação, essa solidariedade. Todos os dias", afirmou o chefe de Estado.

 

"E o papel fundamental pode também ser o vosso, porque vocês têm condições de vida que outros não têm", afirmou o Chefe de Estado, que discursava perante mais de mil jovens reunidos no 15.º Encontro Nacional de Associações Juvenis (ENAJ).

 

O evento decorre até domingo naquela cidade.

 

Marcelo Rebelo de Sousa falava de solidariedade e inclusão social, uma das cinco questões que disse preocuparem a juventude portuguesa, a par do emprego, da relação com a política, do ambiente e do relacionamento com uma sociedade envelhecida.

 

O Presidente da República manifestou-se ainda confiante de que dentro de dez anos haverá mais emprego e apelou a uma maior qualificação dos jovens como forma de encontrarem mais saídas profissionais.

 

"Primeira pergunta: vai haver lugar ou não no Portugal futuro, a começar no futuro imediato, para aquilo que é o sonho de cada um em termos de começo da sua vida profissional e comunitária? A minha resposta é: vai, vai", afirmou.

 

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o país "saiu de uma crise com muito desemprego e, sobretudo, com muito desemprego jovem", e que agora surgem "os primeiros resultados de criação de emprego e de diminuição de desemprego".

 

"A actividade económica, disse ontem o Banco de Portugal, acelera de mês para mês. Há cinco meses que há uma tendência ascendente. Mas há coisas que vocês podem fazer. Vocês podem e devem qualificar-se ainda mais. Permanentemente. Mais qualificados têm maior saída profissional", reforçou.

 

O Presidente da República apelou ainda a mais inovação e empreendedorismo, sublinhando que os jovens "podem e devem apostar num contributo para a criação de emprego".

 

"Eu acredito que daqui por dois, três, quatro, cinco, dez anos haverá mais e melhores condições para responder a essa vossa pergunta: eu tenho a saída profissional, pessoal e comunitária que sonhei?", acrescentou.

 

O chefe de Estado mostrou-se "optimista - não irritantemente optimista, mas realisticamente optimista" -, por considerar que Portugal "é um país excepcional" que "passa às vezes o tempo a minimizar o que faz".

 

Ainda assim, destacou, "todos os dias" há notícias do sucesso dos portugueses no país e no estrangeiro.

 

"De vez enquanto dizem-me 'lá está o Presidente a exagerar, lá está o Presidente a criar ilusões, lá está o Presidente a dizer isto para nos sentirmos melhor'. Não, eu digo isto porque sinto, porque sei, porque vejo", comentou.

 

Marcelo apelou ao amor-próprio e à autoestima dos portugueses.

 

"Não é que não haja aspectos negativos a corrigir, não é que não haja erros, fracassos, mas há sucessos e vocês devem liderar a luta por esses sucessos", disse aos jovens.

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