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Mais de um décimo dos portugueses vive com falta de espaço

Dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística indicam que 18,8% da população em risco de pobreza se encontrava em situação de sobrelotação habitacional em 2021.

O Banco Central Europeu vê no mercado imobiliário um dos principais riscos atuais para o sistema financeiro da zona euro.
Sérgio Lemos
02 de Agosto de 2022 às 11:26
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Em 2021, mais de um décimo dos portugueses (10,6%) viviam em condições de insuficiência de espaço habitacional, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta proporção, indica o instituto português, supera a verificada nos três anos anteriores, em que a taxa de sobrelotação da habitação se situava abaixo dos 10%. 

À semelhança dos anos anteriores, o risco de viver numa situação de insuficiência de espaço habitacional no ano em questão era mais significativo para a população em risco de pobreza: "18,8% da população em risco de
pobreza estava em situação de sobrelotação habitacional, o que compara com 8,7% na restante população", detalha. 

A taxa de sobrelotação da habitação era mais elevada em 2021 para os mais jovens, 17,5% para o grupo etário até os 17 anos, diminuindo com a avanço da idade, 10,9% para os adultos e 4,4% para os idosos. 

O INE refere que a carga mediana das despesas em habitação, que incluem as relacionadas com água, electricidade, gás ou outros combustíveis, condomínio, seguros, saneamento, pequenas reparações, bem como as rendas e os juros relativos ao crédito à habitação principal, foi 10,5% em 2021, superando ligeiramente o valor de 2020 (1,4%). Ainda assim, este fica abaixo do registado em 2018, 11,7%, e em 2019, 11%. 

Já para a população em risco de pobreza, a carga mediana das despesas em habitação foi 22,9% em 2021 (mais 2,3 p.p. do que a percentagem registada em 2020) e mais do dobro do valor registado para a população em geral, salienta o instituto de estatísticas.

No que diz respeito à taxa de sobrecarga das despesas em habitação, a percentagem foi de 5,9% em 2021, o que representa um aumento de 1,8 pontos percentuais (p.p) face a 2020.
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