Notícia
Máfia é o maior agente económico de Itália
Os tentáculos da máfia movimentaram 140 mil milhões de euros no país em 2010. Estudo diz que esta organização é o principal banco de Itália.
10 de Janeiro de 2012 às 19:01
“As mãos da criminalidade”. É este o título do estudo da SOSImpresa, associação italiana de comerciantes e retalhistas em prol da protecção e apoio ao livre empreendedorismo, que constata que em 2010 a máfia geriu um volume de negócios anual de 140 mil milhões de euros - e lucros superiores a 100 mil milhões de euros, já depois de deduzidos os valores dos investimentos e das provisões.
A máfia, de acordo com este estudo, “é o principal banco de Itália, com 65 mil milhões de euros de liquidez”. “Durante a actual crise económica, as organizações da máfia foram os únicos ‘empresários’ com capacidade para investir”, sublinha a SOS Impresa, citada pelo “ABC News”.
Só as actividades comerciais envolvendo a máfia italiana – como bares e restaurantes, mercados, vendedores ambulantes e inclusivamente hotéis – são responsáveis por 7% do Produto Interno Bruto (PIB), diz o “Correio do Brasil” citando o relatório.
De acordo com a SOS Impresa, a situação é de “emergência nacional” e afecta as empresas de todo o país, tendo a máfia deixado de ser considerada forte apenas no Sul de Itália.
O relatório acusa a máfia de ter obtido a “fatia de leão” das suas vendas em 2010 através da exploração de pequenas e médias empresas – recorrendo-se da usura, extorsão e mesmo roubo.
Por comparação, a Eni – que tem uma participação na Galp Energia – é uma das principais multinacionais europeias do petróleo, mas em 2010 o seu volume de negócios foi inferior ao da máfia, ao ascender a 99 mil milhões de euros, salienta o jornal “AdnKronos”.
Em Itália, quando se fala de máfia, o nome mais recorrente é o do clã siciliano Cosa Nostra. Mas existem mais três poderosas “redes” regionais do crime organizado no país – Camorra (região napolitana, Ndragheta (Calábria) e Sacra Corona Unita (Pugliese) – destaca o “ABC News”.
A máfia, de acordo com este estudo, “é o principal banco de Itália, com 65 mil milhões de euros de liquidez”. “Durante a actual crise económica, as organizações da máfia foram os únicos ‘empresários’ com capacidade para investir”, sublinha a SOS Impresa, citada pelo “ABC News”.
De acordo com a SOS Impresa, a situação é de “emergência nacional” e afecta as empresas de todo o país, tendo a máfia deixado de ser considerada forte apenas no Sul de Itália.
O relatório acusa a máfia de ter obtido a “fatia de leão” das suas vendas em 2010 através da exploração de pequenas e médias empresas – recorrendo-se da usura, extorsão e mesmo roubo.
Por comparação, a Eni – que tem uma participação na Galp Energia – é uma das principais multinacionais europeias do petróleo, mas em 2010 o seu volume de negócios foi inferior ao da máfia, ao ascender a 99 mil milhões de euros, salienta o jornal “AdnKronos”.
Em Itália, quando se fala de máfia, o nome mais recorrente é o do clã siciliano Cosa Nostra. Mas existem mais três poderosas “redes” regionais do crime organizado no país – Camorra (região napolitana, Ndragheta (Calábria) e Sacra Corona Unita (Pugliese) – destaca o “ABC News”.