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Lisboa pode ter segundo aeroporto civil
Portugal poderá passar a dispor, na sua capital, de outro aeroporto civil, além do já existente na Portela, devendo, para isso, ser utilizada uma das bases militares dos arredores de Lisboa, noticiou a Rádio Renascença.
Portugal poderá passar a dispor, na sua capital, de outro aeroporto civil, além do já existente na Portela, devendo, para isso, ser utilizada uma das bases militares dos arredores de Lisboa, noticiou a Rádio Renascença.
A ser criado, o segundo aeroporto servirá, sobretudo, para receber as companhias aéreas de baixo custo, conhecidas como «low cost», que não utilizam a Portela por ter taxas muito caras.
Em declarações à Rádio Renascença, o secretário de Estado do Turismo confirma que já existem contactos para a criação do novo aeroporto e que está a ser considerado «um conjunto de infra-estruturas». Bernardo Trindade defende a transformação de uma das quatro bases militares nos arredores de Lisboa em aeroporto civil.
Quem não tem a mesma opinião é o comandante Sousa Monteiro, da Aviação Civil, que, apesar de considerar positivo que passe a haver um complemento ao aeroporto da Portela, discorda que a base aérea do Montijo seja a hipótese mais viável.
«Peca pela proximidade em relação a Lisboa, o que significa que está imbuído de falhas ambientais» (ruído, poluição química), além de que a população do Montijo não deve desejar que isso vá avante.
Na opinião do Comandante Sousa Monteiro, «nenhuma [das bases aéreas em redor da capital] tem condições de espaço físico para servir de alternativa à Portela, só de complemento».
«O que precisamos é de um aeroporto novo, de raiz, que substitua a Portela», defende, sugerindo que no local onde está hoje o aeroporto seja criado «um espaço verde».
Defensores da ideia de outro aeroporto são agentes ligados ao turismo.
«Faz todo o sentido no caso de Lisboa, porque aquele aeroporto [da Portela] tem um movimento bastante grande», diz Luís Alves de Sousa, presidente da Associação dos Hotéis de Portugal.