Notícia
Líder de corrente conservadora no CDS deixa partido e adere ao Chega
O militante do CDS-PP Pedro Borges de Lemos, da corrente não formalizada "CDS XXI", anunciou hoje que se desfiliou do partido, com críticas à direção, e manifestou-se disponível para aderir ao Chega.
07 de Agosto de 2020 às 11:41
"Em virtude das declarações dadas pelo presidente do CDS-PP à Visão em que afirmou que a minha presença na manifestação 'Portugal não é racista' , "constituía uma infração passível de ser apreciada pelos órgãos de jurisdição do partido", sou a declarar que lhe enviei hoje a minha desfiliação do CDS-PP, onde era militante desde 2013", revelou, em comunicado enviado à agência Lusa.
Pedro Borges de Lemos, advogado, era militante de base do CDS-PP desde 2013, não integrando qualquer órgão dirigente, mas liderava desde 2017 uma corrente interna designada CDSXXI, que defendia um "partido conservador e assumidamente de direita".
Crítico do que classificou como "deriva liberal" das anteriores direções de Paulo Portas e Assunção Cristas, Borges de Lemos apoiou Francisco Rodrigues dos Santos no Congresso de janeiro para a liderança do CDS-PP, no qual apresentou uma moção.
Contudo, criticou, o percurso de Rodrigues dos Santos desde aí "tem sido o percurso de alguém a quem falta a força, a coragem e a personalidade de um líder, com um discurso imberbe e refém de uma máquina partidária inane de ideias e de ações".
Afirmando que já não se identifica com "este CDS", Pedro Borges de Lemos elogiou a "recetividade e solidariedade do Chega e do seu líder", André Ventura, declarando-se "aberto desde já a servir Portugal na única força política de direita que tem demonstrado a coragem de combater o sistema em todas as suas fraquezas".
Pedro Borges de Lemos participou na concentração promovida pelo Chega no domingo passado, em Lisboa, sob o mote "Portugal não é racista".
Numa entrevista publicada na edição de quinta-feira da revista Visão, o presidente do CDS-PP considerou que "a ação de Borges de Lemos constitui uma infração que pode ser apreciada pelos órgãos de jurisdição do partido", acrescentando que o processo já chegou aos órgãos disciplinares.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, juntar "centenas de pessoas nas ruas em plena crise pandémica, depois de tantas mortes e sacrifícios, é uma imoralidade e um insulto a quem está a sofrer".
"Aos políticos, a todos eles, seja aos Venturas ou aos Borges de Lemos desta vida, pede-se que coloquem de parte o oportunismo e que deem o exemplo", declarou.
Sobre o Chega, Francisco Rodrigues dos Santos considerou ainda que o partido que elegeu o deputado André Ventura está "cada vez mais distante dos valores do centro-direita democrático e popular" e que a possibilidade de entendimentos com aquele partido é, "neste momento, nula".
Pedro Borges de Lemos, advogado, era militante de base do CDS-PP desde 2013, não integrando qualquer órgão dirigente, mas liderava desde 2017 uma corrente interna designada CDSXXI, que defendia um "partido conservador e assumidamente de direita".
Contudo, criticou, o percurso de Rodrigues dos Santos desde aí "tem sido o percurso de alguém a quem falta a força, a coragem e a personalidade de um líder, com um discurso imberbe e refém de uma máquina partidária inane de ideias e de ações".
Afirmando que já não se identifica com "este CDS", Pedro Borges de Lemos elogiou a "recetividade e solidariedade do Chega e do seu líder", André Ventura, declarando-se "aberto desde já a servir Portugal na única força política de direita que tem demonstrado a coragem de combater o sistema em todas as suas fraquezas".
Pedro Borges de Lemos participou na concentração promovida pelo Chega no domingo passado, em Lisboa, sob o mote "Portugal não é racista".
Numa entrevista publicada na edição de quinta-feira da revista Visão, o presidente do CDS-PP considerou que "a ação de Borges de Lemos constitui uma infração que pode ser apreciada pelos órgãos de jurisdição do partido", acrescentando que o processo já chegou aos órgãos disciplinares.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, juntar "centenas de pessoas nas ruas em plena crise pandémica, depois de tantas mortes e sacrifícios, é uma imoralidade e um insulto a quem está a sofrer".
"Aos políticos, a todos eles, seja aos Venturas ou aos Borges de Lemos desta vida, pede-se que coloquem de parte o oportunismo e que deem o exemplo", declarou.
Sobre o Chega, Francisco Rodrigues dos Santos considerou ainda que o partido que elegeu o deputado André Ventura está "cada vez mais distante dos valores do centro-direita democrático e popular" e que a possibilidade de entendimentos com aquele partido é, "neste momento, nula".