Já a alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, Navi Pillay, afirmou estar preocupada com a intensificação "alarmante" da repressão da revolta popular naLíbia, da qual já terão resultado "milhares de mortos e feridos".

"Em violação contínua das leis internacionais, a repressão na Líbia contra manifestantes pacíficos intensifica-se de forma alarmante", explicou Pillay, referindo "matanças em massa, prisões arbitrárias, detenções e torturas de manifestantes".

"Segundo determinadas fontes, milhares de pessoas ficaram feridas ou foram mortas", adiantou Navi Pillay na abertura de uma sessão extraordinária do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, dedicada à situação na Líbia.

Abastecimento de alimentos perto de entrar em colapso

"A Líbia importa praticamente todos os seus víveres e a cadeia de abastecimento está a ponto de entrar em colapso", indicou o porta-voz do PAM, Emilia Casella, aos jornalistas, precisando que as importações alimentares já não chegam aos portos e que a distribuição está comprometida por causa da violência.

Por outro lado, um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os refugiados indicou que muitas pessoas que querem deixar o país estão presas e não podem partir.

"Estamos preocupados porque muitas pessoas que querem fugir estão presas numa armadilha", disse Melissa Fleming.