Notícia
Kamala Harris vai propor proibição federal nos EUA de manipulação de preços dos alimentos
A proibição visa impedir que as empresas do setor alimentar aumentem injustificadamente os preços e faz parte do plano mais vasto da candidata à presidência dos Estados Unidos para combater a inflação.
15 de Agosto de 2024 às 17:20
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, vai propor esta sexta-feira uma proibição federal da manipulação dos preços dos alimentos no seu primeiro discurso de política económica como candidata democrata à Casa Branca, na Carolina do Norte.
A proibição visa impedir que as empresas do setor alimentar aumentem injustificadamente os preços e faz parte do plano mais vasto da candidata à presidência dos Estados Unidos para combater a inflação, informou hoje a campanha de Harris num comunicado.
Segundo a campanha, nos seus primeiros 100 dias como presidente, Harris tenciona implementar a primeira proibição federal de sempre sobre a subida dos preços dos produtos alimentares, estabelecendo regras claras para que as grandes empresas não possam aumentar artificialmente os preços para obter lucros enormes.
Se for eleita e se este plano for implementado, será possível que os procuradores-gerais dos estados e a Comissão Federal de Comércio, uma agência governamental que defende os direitos do consumidor, investiguem e punam as empresas que violem a proibição federal.
Paralelamente, o plano inclui investimentos para o Governo federal combater práticas anticoncorrenciais e fundos para apoiar pequenas empresas na indústria alimentar, incluindo processadores de carne independentes, uma vez que este setor é atualmente dominado por grandes corporações.
De facto, a campanha de Harris avançou que no seu discurso na Carolina do Norte, na sexta-feira, a candidata democrata planeia visar especificamente a indústria da carne, em que quatro grandes empresas controlam a maior parte do mercado e registaram lucros recorde no rescaldo da pandemia de covid-19.
Devido à falta de concorrência, estas indústrias têm, tradicionalmente, podido ter um poder discricionário de fixação de preços, fazendo com que os consumidores paguem mais pelos seus produtos e reduzindo o que pagam aos agricultores.
No seu discurso, Harris fará um contraste entre a sua agenda económica e a do antigo presidente e candidato republicano às eleições de novembro, Donald Trump, a quem acusará de defender uma política económica que vai prejudicar a classe média.
O discurso de Harris surge numa altura em que a economia continua a ser um dos principais temas para os eleitores.
De acordo com uma sondagem da rádio NPR e da PBS divulgada na semana passada, os americanos confiam mais em Trump do que em Harris para lidar com a economia, embora as opiniões estejam muito divididas: 51% dizem que Trump seria melhor a lidar com a economia, enquanto 48% preferem Harris.
O discurso de Harris tem também um caráter simbólico, uma vez que a Carolina do Norte é um estado que os democratas esperam ganhar nestas eleições, mas que votou sempre no candidato presidencial republicano no último meio século, com exceção de Barack Obama nas eleições de 2008 e Jimmy Carter nas eleições de 1976.
Harris, cuja campanha despertou um novo entusiasmo, está a centrar a sua mensagem na economia nos dias que antecedem a Convenção Nacional Democrata em Chicago, onde será oficialmente proclamada como a candidata do partido às eleições de novembro.
A proibição visa impedir que as empresas do setor alimentar aumentem injustificadamente os preços e faz parte do plano mais vasto da candidata à presidência dos Estados Unidos para combater a inflação, informou hoje a campanha de Harris num comunicado.
Se for eleita e se este plano for implementado, será possível que os procuradores-gerais dos estados e a Comissão Federal de Comércio, uma agência governamental que defende os direitos do consumidor, investiguem e punam as empresas que violem a proibição federal.
Paralelamente, o plano inclui investimentos para o Governo federal combater práticas anticoncorrenciais e fundos para apoiar pequenas empresas na indústria alimentar, incluindo processadores de carne independentes, uma vez que este setor é atualmente dominado por grandes corporações.
De facto, a campanha de Harris avançou que no seu discurso na Carolina do Norte, na sexta-feira, a candidata democrata planeia visar especificamente a indústria da carne, em que quatro grandes empresas controlam a maior parte do mercado e registaram lucros recorde no rescaldo da pandemia de covid-19.
Devido à falta de concorrência, estas indústrias têm, tradicionalmente, podido ter um poder discricionário de fixação de preços, fazendo com que os consumidores paguem mais pelos seus produtos e reduzindo o que pagam aos agricultores.
No seu discurso, Harris fará um contraste entre a sua agenda económica e a do antigo presidente e candidato republicano às eleições de novembro, Donald Trump, a quem acusará de defender uma política económica que vai prejudicar a classe média.
O discurso de Harris surge numa altura em que a economia continua a ser um dos principais temas para os eleitores.
De acordo com uma sondagem da rádio NPR e da PBS divulgada na semana passada, os americanos confiam mais em Trump do que em Harris para lidar com a economia, embora as opiniões estejam muito divididas: 51% dizem que Trump seria melhor a lidar com a economia, enquanto 48% preferem Harris.
O discurso de Harris tem também um caráter simbólico, uma vez que a Carolina do Norte é um estado que os democratas esperam ganhar nestas eleições, mas que votou sempre no candidato presidencial republicano no último meio século, com exceção de Barack Obama nas eleições de 2008 e Jimmy Carter nas eleições de 1976.
Harris, cuja campanha despertou um novo entusiasmo, está a centrar a sua mensagem na economia nos dias que antecedem a Convenção Nacional Democrata em Chicago, onde será oficialmente proclamada como a candidata do partido às eleições de novembro.