Notícia
João Leão admite revisão de previsões macroeconómicas, mas não para já
O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, admitiu esta quinta-feira que "oportunamente" poderá ser feita uma revisão das projeções económicas, mas não para já, devido ao atual contexto de elevada incerteza.
09 de Julho de 2020 às 21:09
"Dada a incerteza atual não vamos já atualizar as nossas projeções macroeconómicas, que oportunamente faremos atualizar em função da evolução económica", afirmou o ministro das Finanças, João Leão, em declarações à Lusa no âmbito da eleição do novo presidente do Eurogrupo.
Essa atualização do cenário macroeconómico, nomeadamente a projeção da queda do Produto Interno Bruto, não vai, por isso, ser feita no quadro do Orçamento do Estado Suplementar aprovado na semana passada na Assembleia da República.
"Neste [Orçamento do Estado] Suplementar faremos algumas alterações não macroeconómicas, mas na projeção sobre o défice orçamental deste ano", para acomodar as alterações ao OE Suplementar aprovadas pelo parlamento, referiu o ministro.
No OE Suplementar, o Governo aponta para uma contração do PIB de 6,9% em 2020, um valor mais baixo do que a previsão de -9,8% apontada pela Comissão Europeia nas projeções económicas divulgadas na terça-feira.
O executivo comunitário espera uma contração em Portugal acima da média da zona euro (-8,7%) e da União Europeia (-8,3%), quando há dois meses estimava que ficasse abaixo, quando antecipava uma queda da economia portuguesa de 6,8%, contra 7,7% no espaço da moeda única e 7,6% no conjunto dos 27 Estados-membros.
As novas previsões de Bruxelas estão todavia basicamente em linha com as mais recentes divulgadas pelo Banco de Portugal, que estima que a recessão atinja este ano os 9,5%, registando uma recuperação de 5,2% em 2020.
Estas previsões da CE estiveram hoje em análise durante a reunião do Eurogrupo, em que foi também votado o sucessor de Mário Centeno na presidência deste órgão, tendo a escolha recaído no ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe.
Nas declarações à Lusa, João Leão sublinhou que a "elevada incerteza" introduzida pelo impacto da pandemia de covid-19 tem motivado alterações nas projeções económicas, lembrando que que esta semana a Comissão Europeia divulgou alteram "significativamente" as que tinham sido libertadas por Bruxelas há pouco mais de um mês e meio.
Essa atualização do cenário macroeconómico, nomeadamente a projeção da queda do Produto Interno Bruto, não vai, por isso, ser feita no quadro do Orçamento do Estado Suplementar aprovado na semana passada na Assembleia da República.
No OE Suplementar, o Governo aponta para uma contração do PIB de 6,9% em 2020, um valor mais baixo do que a previsão de -9,8% apontada pela Comissão Europeia nas projeções económicas divulgadas na terça-feira.
O executivo comunitário espera uma contração em Portugal acima da média da zona euro (-8,7%) e da União Europeia (-8,3%), quando há dois meses estimava que ficasse abaixo, quando antecipava uma queda da economia portuguesa de 6,8%, contra 7,7% no espaço da moeda única e 7,6% no conjunto dos 27 Estados-membros.
As novas previsões de Bruxelas estão todavia basicamente em linha com as mais recentes divulgadas pelo Banco de Portugal, que estima que a recessão atinja este ano os 9,5%, registando uma recuperação de 5,2% em 2020.
Estas previsões da CE estiveram hoje em análise durante a reunião do Eurogrupo, em que foi também votado o sucessor de Mário Centeno na presidência deste órgão, tendo a escolha recaído no ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe.
Nas declarações à Lusa, João Leão sublinhou que a "elevada incerteza" introduzida pelo impacto da pandemia de covid-19 tem motivado alterações nas projeções económicas, lembrando que que esta semana a Comissão Europeia divulgou alteram "significativamente" as que tinham sido libertadas por Bruxelas há pouco mais de um mês e meio.