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Jerónimo de Sousa discorda de lei para afastar Centeno do Banco de Portugal

Em entrevista à TSF, o líder do PCP disse concordar com a proposta do PAN de um período de nojo de cinco anos para banqueiros mas não para governantes.

Lusa
16 de Junho de 2020 às 11:02
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Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, não se opõe à ida do ex-ministro das Finanças Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal.

Apesar de não o ter dito diretamente, em entrevista à TSF o líder dos comunistas afirmou que a proposta do PAN de um "período de nojo" de cinco anos faz sentido para banqueiros, mas não para governantes.

Confrontado com a pergunta sobre se Centeno desertou, Jerónimo de Sousa disse não ter "essa ideia", e questionou-se sobre se Portugal vai ter direito a ter o seu próprio banco ou se vai "continuar a ser uma sucursal do Banco Central Europeu".

Neste cenário, e assim que um governante aceite "o espartilho do BCE", Centeno ou outro ministro, "é indiferente", adiantou o líder comunista.

Uma posição distinta assumiu ontem a deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que deixou claro não concordar com a hipótese de Centeno ir para o Banco de Portugal, por "não reunir as condições políticas ". Ainda assim, a deputada garantiu que "não iremos colaborar para que este processo seja empatado nem para que seja apressado por meras razões de circunstância política", notando que o partido vai votar "contra qualquer regra que impeça um titular de cargos públicos de ocupar cargos de regulação".

Os dois projetos de lei, do PAN e PEV, com novas regras para a nomeação do governador do Banco de Portugal foram aprovados na semana passada, no Parlamento, e vão baixar agora à especialidade.

Na mesma entrevista, Jerónimo de Sousa considerou um "escândalo" mais uma injeção de dinheiro no Novo Banco.

"É inaceitável e um escândalo", atirou, acrescentando que os portugueses que foram afetados pela pandemia não vão entender entendem esta decisão. 

"Não faz sentido no quadro da situação que vivemos que o Governo tenha disponibilizado uma grossa fatia de dinheiros públicos para ejetar no Novo Banco", afirmou.

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