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Jerónimo acusa Governo português de ser cúmplice na continuação da guerra

No Avante, o líder do PCP voltou a deixar a posição do partido: "Razão tem o PCP ao estar desde a primeira hora do lado da paz e contra a guerra, razão tem o PCP ao defender uma solução política para o conflito".

José Sena Goulão/Lusa
04 de Setembro de 2022 às 20:00
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O secretário-geral comunista considerou este domingo que os Estados Unidos, Bruxelas e a NATO, "com a cumplicidade do Governo português", tudo estão a fazer para continuar a guerra na Ucrânia, sem qualquer preocupação pelas condições de vida das populações.

No início do seu discurso no comício de encerramento da 'rentrée' comunista, Jerónimo de Sousa foi direto ao tópico da guerra na Ucrânia.

"A escalada da guerra na Ucrânia e a espiral de sanções impostas pelos Estados Unidos da América, a União Europeia e a NATO, com a cumplicidade do Governo português, são indissociáveis da desenfreada especulação e aumento dos preços da energia, dos alimentos e de outros bens de primeira necessidade, do ataque às condições de vida dos povos, arrastando o mundo para uma ainda mais grave situação económica e social", sustentou o dirigente comunista perante os participantes da Festa do Avante!.

Na ótica do secretário-geral do PCP, "a realidade está a demonstrar quem tudo faz para que a guerra não termine" e também "quem tudo faz para acumular lucros colossais com a sua continuação", referindo-se à indústria do armamento e às multinacionais do setor da energia.

Seis meses depois do início da invasão russa à Ucrânia, Jerónimo de Sousa fez questão de deixar, mais uma vez, vincada a posição do partido, antes de passar para o tema seguinte: "Razão tem o PCP ao estar desde a primeira hora do lado da paz e contra a guerra, razão tem o PCP ao defender uma solução política para o conflito".

O outro lado, argumentou, está a fomentar o "incitamento ao ódio" e a "exacerbação da xenofobia".



AFE // HB

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