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Investimento em Portugal aumenta 4,2% em 2001

O investimento em Portugal deverá aumentar 4,2% no corrente ano, uma evolução que contrasta com a quebra de 0,1% verificada em 2000, segundo um estudo efectuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

02 de Agosto de 2001 às 16:04
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O investimento em Portugal deverá aumentar 4,2% no corrente ano, uma evolução que contrasta com a quebra de 0,1% verificada em 2000, segundo um estudo efectuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A actual estimativa de crescimento da formação bruta de capital fixo (FBCF) é inferior à estimada em Outubro do ano passado, quando as previsões apontavam para um incremento de cerca de 7,7% no corrente ano.

Segundo o INE, «para 2001, verifica-se que a generalidade dos sectores evidencia um comportamento positivo, sendo a Electricidade, Gás e Água, os Transportes, Armazenagem e Comunicações e as Actividades Financeiras os que demonstram um maior dinamismo».

De acordo com os dados hoje divulgados, o investimento no sector da Electricidade, Gás e Água deverá aumentar 11,9%, enquanto no segmento dos Transportes, Armazenagem e Comunicações, o crescimento do investimento deverá situar-se nos 36%.

Relativamente às actividades financeiras, o estudo do INE aponta para um incremento do investimento na ordem dos 25% este ano, apesar da diminuição de 66,3% que deverá verificar-se no sub-segmento da intermediação financeira, com esta evolução a ser compensada pelas subidas de 29,9% e de 31,8% na banca e nos seguros, respectivamente.

Indústria Extractiva, Comércio e Construção limitam ganhos

Segundo a mesma fonte, a Indústria Extractiva, com uma quebra de 25,7%, e Comércio, com uma redução de 10,2%, e a Construção, com uma diminuição de 12,7%, deverão «contribuir negativamente» para a evolução do investimento global no corrente ano.

Na Indústria Transformadora, os investimentos deverão diminuir 17% em 2001, uma tendência que está relacionada com «os fortes decréscimos nos sub-sectores da Alimentação, Bebidas e Tabaco (﷓18.3%), Têxteis e Vestuário (﷓30.4%), Couro e Produtos do Couro (﷓61.0%), Madeira e Cortiça (-42.8%)», entre outros.

De acordo com o INE, a «maior parcela do investimento pelas empresas continua a ter como objectivo o aumento da capacidade produtiva e, em menor escala, a substituição», com as empresas a privilegiarem os investimentos na extensão da suas actividades, em detrimento da reposição da capacidade instalada.

Aquisição de equipamentos representa 50% dos investimentos

A maior parte dos investimentos destinam-se à aquisição de equipamentos, que representa «cerca de 50% do investimento total», com os investimentos em construções a ocuparem a segunda posição em termos de valores dispendidos, com cerca de 25% da despesa total.

O INE referiu que, considerando o tipo de aplicações, «constata-se a perspectiva de recuperação do equipamento em 2001, a robustez do crescimento das construções e a continuada quebra do investimento em material de transporte».

As principais fontes de financiamentos das empresas deverão continuar a ser o autofinanciamento e o recurso ao crédito bancário em 2001, à semelhança do que já aconteceu em 2001, segundo a mesma fonte, que apontou para o «reforço da importância do crédito bancário entre os dois anos em análise».

O INE referiu ainda que a deterioração das perspectivas de vendas «continuou a ser o principal obstáculo à realização de investimento», com as empresas inquiridas a apontarem também como outros motivos a falta de capacidade de autofinanciamento, a incerteza quanto à rentabilidade dos investimentos e os níveis das taxas de juro.

A mesma fonte concluiu que os investimentos «têm um efeito positivo na criação de novos postos de trabalho», embora os investimentos que não devam levar à criação de empregos continuem a ter um peso «considerável».

Empresas de maior dimensão investem mais

Relativamente à dimensão das empresas, o INE chegou à conclusão que as empresas com mais de 250 trabalhadores apresentam um comportamento «claramente positivo» em termos de realização de investimento, com taxas de crescimento na ordem dos 20%.

As companhias de menores dimensões deverão manifestar uma tendência inversa, apresentando «evoluções negativos do investimento», segundo a mesma fonte.

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