As empresas chinesas investiram 23 mil milhões de dólares na Europa e 15 mil milhões de dólares nos Estados Unidos no decorrer do ano passado. Ambos os valores traduzem um recorde, mas também um abrandamento no crescimento face aos anos anteriores.

Os dados constam de um estudo da Baker & McKenzie, citado pelo Financial Times. O investimento na Europa aumentou 28% face a 2014, ano em que o investimento chinês tinha duplicado face a 2013. Nos Estados Unidos o investimento chinês subiu 17%.

O abrandamento da economia foi notório em 2015 e está a prolongar-se este ano, o que está a ter impacto na economia global. Ainda assim, a consultora autora deste estudo não espera uma travagem significativa da expansão das empresas chinesas nas maiores economias mundiais.

"Vivemos tempos de turbulência económica e mesmo assim vemos as empresas chinesas a actuar com confiança e a realizar grandes negócios na Europa e na América do Norte", comentou Michael DeFranco, da Baker & McKenzie.

Apesar do abrandamento verificado em 2015, este ano deverá continuar a ser marcado por recordes no investimento das empresas chinesas no exterior. Só nas primeiras seis semanas do ano as companhias do país anunciaram negócios potenciais avaliados em 70 mil milhões de dólares.

O investimento de 2,7 mil milhões de euros China Three Gorges na EDP, em 2011, foi um dos grandes negócios do país na Europa. O investimento chinês no país prosseguiu nos anos seguintes, sobretudo através da Fosun, que adquiriu a Fidelidade e o Hospital da Luz.

Em 2015 a Itália foi o país europeu que mais recebeu investimento chinês (devido sobretudo devido ao negócio de 7,9 mil milhões de dólares entre a Pirelli e a ChemChina). A França foi o número dois.