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Investimento deu alguns sinais positivos em julho

Vendas de cimento e de veículos pesados aceleraram no último mês. Já os indicadores do consumo das famílias abrandaram, num sinal menos positivo para a evolução da procura interna.

Em 2018, a Soares da Costa viu ser homologado um Processo Especial de Revitalização (PER).
João Cortesão
18 de Agosto de 2023 às 12:38
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O investimento, importante para contrariar uma contribuição negativa da procura externa para a economia sentida no segundo trimestre deste ano, deu alguns sinais positivos em julho, segundo síntese económica de conjuntura publicada nesta sexta-feira pelo INE.

 

Os dados apontam para que as vendas de cimento tenham acelerado significativamente, com um crescimento homólogo de 11,7% (1,4% em junho), em dados não ajustados de sazonalidade e de dias úteis.

 

Também as vendas de veículos pesados terão crescido 11,6% em julho, face a um ano antes, após uma diminuição de 11,6% no mês anterior.

 

As vendas de veículos ligeiros comerciais, porém, abrandaram significativamente. Em julho, cresciam 15,2%, após uma subida de 63,3% em junho.

 

Esta evolução ocorre depois de o indicador de formação bruta de capital fixo ter registado uma diminuição em junho (aumentos em abril e maio), com contributos mais negativos da construção e da componente de máquinas e equipamentos, assinala o INE. Já o material de transporte teve um contributo mais positivo.

 

No segundo trimestre, marcado pela estagnação do PIB relativamente ao arranque do ano e uma subida de 2,3% na atividade face ao mesmo período do ano passado, foram as componente da procura interna a contrariar uma tendência mais negativa nas exportações de bens e serviços. Face a um ano antes, observou-se uma redução menos pronunciada no investimento, ainda com abrandamento no consumo privado – que, porém, acelerou na primavera face ao primeiro trimestre.

 

Nos dados de julho relativos à confiança dos consumidores, o INE destaca que o país continua desde o arranque de 2023 a renovar máximos face ao início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

 

Ainda assim, o indicador avançado para o consumo das famílias – as operações de multibanco – aponta para alguma desaceleração nesse mês. Os levantamentos nacionais e pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA cresciam 4,2% (7,3% em junho).


As vendas de ligeiros de passageiros também abrandaram, para um crescimento de 10,8% (41,6% em junho).


Em junho, o consumo privado acelerava, com um contributo mais positivo do consumo corrente e com o consumo duradouro – em grandes compras – a ter um contributo positivo, mas menos intenso, segundo o INE.

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