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Inflação brasileira acelera 1,3% em Outubro com quebra do real

A inflação no Brasil acelerou 1,3% em Outubro com a quebra do real a impulsionar o preço dos bens de consumo, aumentado a expectativa de que a taxa de juro irá manter-se nos 21%.

12 de Novembro de 2002 às 17:51
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A inflação no Brasil acelerou 1,3% em Outubro, acima da estimativa dos analistas, com a quebra do real a impulsionar o preço dos bens de consumo, aumentado a expectativa de que a taxa de juro irá manter-se nos 21%, na próxima semana.

A inflação no Brasil aumentou 1,31%, em Outubro, contra o crescimento de 0,72% registado em Setembro, divulgou a agência de estatística do Governo.

Os analistas, citados pelas agências internacionais, estimavam que a inflação brasileira subisse 1,2%.

O aumento da divisa brasileira contribuiu para um aumento de 15% na farinha de trigo e 12% de aumento nas tarifas aéreas, o que arrastou a inflação do Brasil para o nível mais alto dos últimos 15 meses, segundo a mesma fonte.

A inflação anual, dos doze meses que terminaram a 30 de Outubro, trepou para 8,45%, mais 0,52 pontos percentuais do registado em Setembro.

Em 2002, o real já caiu 35%, com a preocupação que o próximo presidente do país, Inácio Lula da Silva, não consiga cumprir o pagamento da dívida externa.

Fraga revê em baixa défice orçamental para 10 mil milhões de dólares

O presidente do Banco Central do Brasil, Armindo Fraga, durante o seminário promovido pelo Banco Central do México, reviu em baixa o défice orçamental deste ano, para 10 mil milhões de dólares, menos mil milhões de dólares do anteriormente estimado, citado pela agência Bloomberg.

Esta revisão reflecte a quebra do valor da divisa brasileira que foi arrastada pela diminuição da procura das importações e o aumento das exportações.

A alteração demonstra «um grande esforço» e que irá reflectir as promessas realizadas por Lula da Silva, aquando a campanha eleitoral, segundo a mesma fonte.

O recém eleito presidente do Brasil havia dito que quer prosseguir uma política de austeridade fiscal traduzida no controlo da inflação, no pagamento da dívida externa e na redução da despesa da Administração Pública.

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