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Índice ISEG regista maior subida desde o tempo de Sócrates
O índice de confiança do ISEG, apurado para Maio, registou a maior subida dos últimos oito anos e meio.
É mais uma boa notícia sobre a evolução da economia e que reforça as actuais boas perspectivas. O índice de confiança do ISEG, apurado para Maio, situou-se em 32,9 pontos, o valor mais alto desde Setembro de 2012. Mas mais relevante ainda, o índice, que é atribuído por um painel de 16 professores daquela instituição, registou a maior subida dos últimos oito anos e meio.
O país vivia então no início do segundo mandato de José Sócrates, numa altura em que se encerrava o ciclo de crescimento e se consolidavam os sinais de fragilidade da economia depois do enorme choque provocado pela crise do subprime e a queda do Lehman Brother.
Ainda na semana passada, o INE anunciou que a economia portuguesa cresceu 2,8% no primeiro trimestre do ano. Uma aceleração face aos três meses anteriores e o ritmo mais rápido em dez anos. Os dois principais factores por trás desse resultado foram a continuação da recuperação do investimento, bem como um crescimento das exportações que superou o das importações. O consumo das famílias continuou a ajudar, mas avançou menos do que em trimestres anteriores.
Este bom arranque do ano – a que se soma a expectativa de um segundo trimestre ainda melhor – tornam mais provável que em 2017 o PIB aumente acima de 2% na totalidade do ano. O Governo está entre os mais pessimistas, prevendo um crescimento de 1,8%, mas a maior parte das instituições têm revisto em alta as suas estimativas, colocando-as acima de 2%.
O índice de confiança do ISEG sobre a evolução a curto prazo da economia portuguesa, cujo valor pode variar entre 0 (confiança mínima) e 100 (confiança máxima) é atribuído por um painel de 16 professores do ISEG com base em informação quantitativa e qualitativa previamente recolhida e que inclui os apuramentos de um inquérito realizado mensalmente a todos os docentes do ISEG.
O valor do índice é obtido por média simples dos valores entre 0 e 100 atribuídos respectivamente por cada um dos membros do Painel, segundo explica a instituição.