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Impacto em habitações de incêndio no Algarve é "pouco relevante"

O incêndio no Algarve, que já lavra desde segunda-feira em três concelhos de Faro, não apresenta estragos "muito relevantes" a nível das habitações, "embora ainda seja cedo para fazer essa avaliação”, diz autarquia.

Miguel A. Lopes/Lusa
17 de Agosto de 2021 às 17:02
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O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António afirmou hoje que a área ardida no incêndio que lavra em três concelhos algarvios é de uma extensão "muito grande", salientando que em edificações os estragos não são muito relevantes.

"Para já, nada de muito importante em termos de edificações, embora seja cedo para fazer essa avaliação", disse Luis Romão à agência Lusa, quando questionado acerca do impacto ao nível das habitações.

O autarca, que falava via telefone, cerca das 14:00, referiu ter acabado de fazer uma ronda de helicóptero com os seus dois colegas autarcas de Tavira e Castro Marim e com a Proteção Civil, voando sobre a área ardida para terem uma "melhor noção dos estragos".

"Tivemos uma noção mais precisa dos estragos. São nove mil hectares queimados, é uma extensão muito, muito grande", disse.

De acordo com o autarca, no seu concelho, a freguesia de Cacela foi a mais afetada, na zona de Corte António Martins, na zona do Pocinho e do Campo de Golfe de Monte Rei, além de Santa Rita. Algumas zonas são áreas de confluência entre Vila Real de Santo António e Tavira.

Luis Romão destacou ainda o episódio da evacuação do canil intermunicipal de Vila Real de Santo António e Castro Marim, e enalteceu a "forma eficaz" como decorreu, juntando associações e cerca de 100 voluntários que apareceram para ajudar por iniciativa própria.

"Foi mais por prudência do que outra coisa. O fogo estava perto, mas não assim tão perto. Foi mais prudente para evitar problemas", explicou.

O autarca salientou ainda que neste momento, e daquilo que se apercebeu da viagem de helicóptero com os seus homólogos, o cenário "está aparentemente mais tranquilo", apesar de "dois ou três focos que permanecem ativos".

"As coisas podem acontecer. Há muito calor e vento, os meios continuam no terreno e isso é fundamental para evitar surpresas", afirmou.

O incêndio rural que lavra desde segunda-feira nos três concelhos do Algarve, no distrito de Faro, obrigou a retirar de casa preventivamente 81 pessoas e a evacuar o canil, com quase 200 animais.

Na conferência de imprensa de balanço no centro multiúsos no Azinhal, Castro Marim, pouco depois das 11:00, o comandante das operações de socorro, Richard Marques, referiu que foram montadas duas zonas de apoio à população - em Tavira, que acolheu 26 pessoas, e outra em Castro Marim, com sete pessoas acolhidas, que deveriam regressar às suas habitações durante a manhã.

O responsável revelou que foi necessário retirar "80 cães e 110 gatos" do Canil Intermunicipal de Castro Marim -- Vila Real de Santo António, que foram colocados em Tavira e Loulé.

Marco Ferreira, da Guarda Nacional Republicana, adiantou que desde o início do incêndio foi necessário "evacuar 12 localidades" e que "81 pessoas foram deslocadas para locais seguros", destacando a "ausência de feridos na população".

Quanto a edifícios destruídos, o representante indicou que o levantamento será feito assim que for possível, referindo ter conhecimento apenas de uma oficina danificada.

Segundo os municípios, há muitas culturas destruídas, com uma contabilização ainda por fazer.

Apesar da extensão do fogo, apenas um bombeiro ficou ferido, sem gravidade.

Às 14:30 de hoje encontravam-se 615 operacionais mobilizados, apoiados por 208 meios terrestres e quatro meios aéreos, indicava a página da Proteção Civil portuguesa.

Para as 19:00 de hoje está prevista uma conferência de imprensa das autoridades para um novo ponto de situação.
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