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IL congratula-se com audição de Costa mas não o quer no Conselho Europeu

Rui Rocha diz não reconhecer a António Costa mérito, depois da governação que teve em Portugal, e sublinha que, em relação a cargos, a Iniciativa Liberal "não olha nunca às questões da nacionalidade".

Lusa
25 de Maio de 2024 às 17:02
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O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, congratulou-se este sábado com a audição, pelo Ministério Público, do ex-primeiro-ministro António Costa no âmbito da Operação Influencer, mas sublinhou que não lhe reconhece mérito para presidir ao Conselho Europeu.

Em Braga, durante uma ação de campanha da IL para as Europeias, Rui Rocha acrescentou que o critério do partido não é a nacionalidade, mas sim o mérito e os resultados.

"E não lhe reconhecemos [a António Costa] mérito, depois da governação que teve em Portugal, com os serviços públicos degradados, com a incapacidade de fazer reformas estruturais, com uma situação de baixos salários persistente, com uma burocracia que está ligada também ao processo judicial que está em curso. Tudo isso é o legado de António Costa, nós não queremos esse legado para a União Europeia", referiu.

Rui Rocha sublinhou que, em relação a cargos, a IL "não olha nunca às questões da nacionalidade".

"Este critério da nacionalidade nem sequer trouxe boas experiências, Durão Barroso contribuiu muito pouco para as instituições europeias e para Portugal, então, presumo que mesmo nada. O critério é o mérito e o resultado", reiterou.

O ex-primeiro ministro António Costa foi ouvido na sexta-feira pelo Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) sem que tenha sido constituído arguido no processo Operação Influencer.

Para Rui Rocha, "é a justiça a funcionar".

"Quando a justiça funciona, é sempre bom (...). Foi ouvido, ainda bem que foi ouvido, que teve oportunidade de esclarecer a sua visão dos factos, o que espero que é que a justiça funcione sempre e para todos", disse o líder liberal.

A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.

Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.

O caso está relacionado com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus, a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, e a exploração de lítio no distrito de vila Real, em Montalegre e Boticas.
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