Para o CEO da Fundação Howard G. Buffett , "há que evitarmos a caridade, se for possível". "Vemos aquilo que fazemos como um investimento. Se observarem o que estamos a fazer na República Democrática do Congo, onde estamos a construir três centrais hidroeléctricas, isso é investimento. As pessoas terão electricidade em casa, serão criadas empresas e os agricultores irão prosperar. É essa a nossa abordagem", salienta o filho mais velho do dono da Berkshire Hathaway.

E porquê evitar a caridade, pergunta a Bloomberg. Howard explica: "a caridade não resolve um problema a longo prazo. Aborda uma situação imediata, mas não a resolve. No meu entender, a caridade entra em cena quando não há uma boa oportunidade para fazer um investimento mas se sente que há algo que deve ser feito".

"Nas regiões mais pobres do mundo, os recursos são limitados, a infra-estrutura é limitada e a própria ‘governance’ é limitada. Tudo junto pode conduzir a um contexto bastante difícil. Consequentemente, por vezes não conseguimos muito simplesmente escolher entre uma via ou outra, pelo que acabamos por abordar ambas", acrescentou Howard Buffett nesta entrevista à Bloomberg.

Howard Buffett, que completa 61 anos no próximo dia 16 de Dezembro, é agricultor, fotógrafo, ambientalista, escritor, empresário, administrador, viajante e ajudante de xerife. Mas é também um filantropo, como o pai, e está a investir milhares de milhões de dólares, através da sua fundação, para tentar solucionar alguns dos problemas mundiais que mais lhe tocam.