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IBM celebra 100 anos na bolsa com ganhos de 3.400.000%

A IBM celebra 100 anos desde a entrada na bolsa de Nova Iorque, esta quarta-feira, dia 11 de Novembro. Num século avançou 3.400.000%, mas as perspectivas actuais são menos optimistas, dizem os analistas.

5ª – IBM - marca avaliada em 65,095 milhões de dólares (58 milhões de euros)
Bloomberg
11 de Novembro de 2015 às 20:23
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11 de Novembro de 1915. Há exactamente 100 anos, a Computing-Tabulating-Recording (CTR), entrava na bolsa de Nova Iorque. Entretanto, mudou de nome para International Business Machines (IBM), ainda viveu exactamente três anos da Primeira Guerra Mundial, que terminou também a 11 de Novembro, sobreviveu à Segunda Guerra Mundial, à Grande Depressão, à bolha das "dotcom" e conseguiu aumentar exponencialmente o seu valor.

Em 100 anos, as acções ganharam 3.400.000%, contabiliza a Bloomberg. Quem comprou uma acção por 47 dólares na oferta pública de venda (OPV), teria hoje 11.879 acções da empresa com um valor de 1,6 milhões de dólares, diz a empresa, citada pela agência de notícias.

Esta tendência de ganhos não se aplica contudo aos números actuais. A entrada no próximo século ocorre num contexto desfavorável para os investidores da IBM. As acções da tecnológica estão a perder 16% este ano, a sexta maior desvalorização no Dow Jones Industrial Average. Desde que entrou no índice em 1979, as acções valorizaram 1700%, muito abaixo da média de 6000% do Dow Jones, nota a Bloomberg. E já perdeu mais de um terço do seu valor desde os recordes de 2013, somando agora uma capitalização bolsista de 130,7 mil milhões de dólares.

Para este desempenho tem contribuído a queda das receitas nos últimos 14 trimestres, com a concorrência a ultrapassar a empresa centenária. "A IBM está a tentar apanhar" o desenvolvimento em várias tendências, nomeadamente na tecnologia da "cloud" em que ficou para trás, diz Ivan Feinseth, da Tigress Financial Partners, à Bloomberg.

Mas os accionistas podem contar com uma certeza: desde 1916 que a empresa distribuiu dividendos trimestrais. Uma política criticada por alguns, que defendem que a empresa deveria reinvestir em inovação tecnológica, mas que tem garantido a lealdade de muitos investidores.

Entre os admiradores mais conhecidos da IBM encontra-se o multimilionário Warren Buffett, que admitiu, na apresentação de resultados da Berkshire Hathaway, na sexta-feira, dia 6 de Novembro, que perdeu 2 mil milhões de dólares com a tecnológica. Apesar disso, o "Oráculo do Omaha" mantém a confiança na recuperação das acções e assegurou que não pretende diminuir a sua participação de 8,2% na IBM, uma das suas maiores apostas.

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