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Horta Osório: CEO de um banco "aborrecido"

A visão de Antóntio Horta Osório para o Lloyds é a de um banco mais "aborrecido", construído "dia-a-dia, cliente a cliente, tijolo por tijolo".

01 de Julho de 2011 às 12:21
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O português que se distinguiu no grupo Santander e que foi depois convidado para liderar o Lloyds Banking Group, está a reestruturar o banco que teve de receber capitais públicos para não sucumbir durante a crise internacional.

Horta Osório disse ontem à imprensa que acredita que a banca comercial e de retalho "deve ser aborrecida, na minha opinião". "Tem de se construir dia-a-dia, cliente a cliente, tijolo por tijolo", explicou na apresentação aos investidores citada pela Bloomberg.

Os comentários do CEO do Lloyds representam "um regresso às origens, uma simplificação e uma reorientação" das operações, disse o analista di Collins Stewart, Matthew Czepliewicz, à Bloomberg.

"Creio que se olharmos para trás daqui a dois ou três anos, aquilo que vamos ver é o Lloyds a mover-se na direcção do modelo que o Santander tem no Reino Unido – focar-se em coisas simples e fazê-las muito bem."

O CEO do Lloyds anunciou ontem a redução de 15 mil postos de trabalho e uma poupança que deverá atingir os 1,5 mil milhões de libras (1,7 mil milhões de euros). O rácio de empréstimos face a depósitos para 130%, fazendo o valor de empréstimos concedidos pelo banco a clientes convergir com o valor dos depósitos que detém.

Este valor compara com um rácio de 179% em Junho de 2009, quando o banco era liderado por Eric Daniels, antecessor de António Horta Osório.

Deter uma libra em depósitos por cada libra emprestada equivale a um regresso à "banca do século XIX" e isso não deverá "servir muito bem a economia ou a sociedade", disse Daniels no ano passado.
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