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Helicóptero do INEM saiu do radar às 18:55. NAV faz sequência de acontecimentos

A empresa que gere a navegação aérea (NAV) alertou, meia hora após a perda de contacto com o helicóptero do INEM, entidades como a Protecção Civil e a Força Aérea para a falha de comunicação com o aparelho. Centros do Porto, Braga e Vila Real "não atenderam". Protecção civil rejeita atrasos.

16 de Dezembro de 2018 às 12:29
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Segundo a NAV, às 19:40 foi avisada a Força Aérea Portuguesa, "que é quem activa a busca e salvamento", para a possibilidade de queda do helicóptero do INEM, que ontem provocou quatro mortos. O contacto foi feito 20 minutos depois de terem sido contactados os CDOS do Porto, Braga e Vila Real, que "não atenderam".

Numa nota enviada à Lusa, em que afirma ter adoptado "com diligência e celeridade todos os procedimentos estabelecidos para este tipo de situações", a NAV Portugal transcreve, ao minuto, a sequência de acontecimentos após a falta de comunicação com o helicóptero HSU203, acidentado junto a Valongo no sábado e que resultou na morte de quatro pessoas.

Segundo a NAV, a tripulação contactou com a Torre de Controlo do Porto às 18:30, para informar que iria descolar para Macedo de Cavaleiros via Baltar dentro de 5/6 minutos, informando ainda que se não conseguisse aterrar em Baltar, poderia prosseguir para o Porto. Segundo o INEM avançou no sábado, a aeronave estava desaparecida desde as 18:30.

A tripulação contactou, pela primeira vez, a Torre de Controlo do Porto, já em voo, às 18:37, e foi contactada às 18:39 pela Torre de Controlo, que pretendia saber qual a altitude que pretendia manter, tendo a tripulação informado que iria manter 1.500 pés.

A primeira perda de sinal radar com o helicóptero deu-se às 18:55, afirmou a NAV, salientando ainda que a perda de comunicações "é normal", devido "à altitude e orografia do terreno".
A hora expectável de aterragem, tendo em conta a hora de descolagem do aparelho, era às 19.00, destacou ainda a NAV.

A empresa destacou que às 19:20, "de acordo com o protocolo de atuação, que determina que 30 minutos após o último contacto expectável se iniciem tentativas de contacto com a aeronave", a Torre de Controlo do Porto contactou telefonicamente várias entidades, entre as quais os bombeiros de Valongo e a PSP de Valongo.

À mesma hora, foi tentado o contacto ainda com os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, Braga e Vila Real "que não atenderam".
"Só após contactar o CDOS de Coimbra, que reencaminhou a chamada para o Porto, é que se conseguiu contactar o CDOS do Porto", vincou a NAV.

Foram também contactados o Aeródromo de Baltar, os telemóveis da tripulação, o Aeródromo de destino, em Macedo de Cavaleiros, o Heliporto de Massarelos, "para saber se tinham optado por regressar, tendo aqui sido contactada a PSP para ir verificar ao local, uma vez que o heliporto não tem operações permanentes", acrescentou a empresa.

Segundo a NAV, à 19:40 foi avisada a Força Aérea Portuguesa, "que é quem activa a busca e salvamento". Na sua comunicação, a NAV apresenta também as "sentidas condolências aos familiares e amigos das vítimas do trágico acidente".

Protecção civil nega atraso nas comunicações
O comandante distrital do Porto da Protecção Civil, Carlos Alves, disse hoje desconhecer "qualquer atraso nas comunicações" entre bombeiros e aquela entidade no caso do helicóptero que caiu no sábado em Valongo, causando a morte dos quatro ocupantes.

"Não temos indicação de qualquer atraso da comunicação entre os bombeiros e a Protecção Civil. Toda a operação foi iniciada após comunicação da entidade local da Protecção Civil, neste caso o Comando Distrital de Operações de Socorro [CDOS] do Porto, para as corporações de bombeiros locais", afirmou Carlos Alves, em declarações aos jornalistas no local onde decorrem as operações de socorro, no concelho de Valongo, distrito do Porto.

"Tanto quanto sei, os bombeiros foram os primeiros a chegar ao local", acrescentou o comandante, que afirmou desconhecer "qual a primeira entidade a receber o alerta" sobre a queda do helicóptero e garantindo que o aviso chegou à Protecção Civil "às 20:15", cerca de duas horas após o último contacto da aeronave com a torre de controlo.
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