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Guiné-Bissau suspende tarifas à importação de comida
A Guiné-Bissau decidiu abolir as tarifas sobre a importação de produtos alimentares básicos de forma a atenuar o impacto da alta dos preços internacionais das matérias-primas agrícolas, avançou Abudacar Demba Dahaba, ministro da Economia. O país africano
A Guiné-Bissau decidiu abolir as tarifas sobre a importação de produtos alimentares básicos de forma a atenuar o impacto da alta dos preços internacionais das matérias-primas agrícolas, avançou Abudacar Demba Dahaba, ministro da Economia. O país africano quer agora aumentar a produção de arroz.
"Estamos muito preocupados com o aumento dos preços do arroz", afirmou ontem Demba Dahaba, em entrevista à Bloomberg, durante um encontro do Banco Africano de Desenvolvimento, que se realizou em Maputo, Moçambique. "Isentámos o arroz de taxas alfandegárias, mas estas são apenas medidas de curto prazo", salientou. "A única opção é aumentar a produção para aumentar a sustentabilidade", concluiu.
A Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo, sustenta a sua economia sobretudo nas actividades agrícola e piscatória. Ainda assim, o ministro da Economia previu que a o país cresça 4% este ano, face a uma progressão de 2,7% no ano passado, devido ao aumento da produção agrícola, nomeadamente pela cultura de caju. A Guiné-Bissau é o quinto maior produtor africano de noz de caju.
No arroz, o país africano produziu 40 mil toneladas métricas em 2007 e importou outras 80 mil toneladas m3, contabilizou o ministro. Para aumentar a produção cinco vezes face ao realizado no ano passado, conforme acha ser possível, a Guiné-Bissau precisa contudo de apoio de dadores internacionais para ajudar a pagar o plano de irrigação das terras. A meta, explicou à Bloomberg, é "aumentar a segurança alimentar", mas também recomeçar a exportar arroz.
Libéria cessa exportações de bens alimentares
Em África, mas desta feita na libéria, o governo local decidiu ontem banir a exportação e o comércio transfronteiriço de comida, incluindo arroz, o alimento-base da população daquele país, num esforço para conter os preços, avançou o ministro do Comércio daquele estado, Frances Johnson-Morris, na mesma ocasião. Já para aumentar a produção local, o executivo decidiu cessar todas as taxas sobre a importação de equipamento agrícola.
A Libéria, que importa cerca de 70% do arroz que consome anualmente, não exporta oficialmente aquele cereal, mas comerciantes de países vizinhos têm vindo a comprar arroz naquele mercado para voltar a colocá-los no circuito comercial, fora noutros Estados, onde conseguem obter valores de venda mais elevados, disse o governante, citados pelas agências noticiosas internacionais.
Desde 5 de Maio a Libéria tem 1,7 milhões de sacas de arroz em inventário, o que é suficiente para abastecer o país até ao final de Agosto, explicou Johnson-Morris.