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Greve em Nova Iorque custou mil milhões de dólares à economia
A greve de três dias que paralisou o sistema de trânsito de Nova Iorque custou pelo menos mil milhões de dólares à economia da cidade, deixando os retalhistas e proprietários de restaurantes a contabilizarem as perdas em vez de estarem a aumentar as suas
A greve de três dias que paralisou o sistema de trânsito de Nova Iorque custou pelo menos mil milhões de dólares à economia da cidade, deixando os retalhistas e proprietários de restaurantes a contabilizarem as perdas em vez de estarem a aumentar as suas vendas nos dias que antecedem o Natal, segundo economistas consultados pela Bloomberg.
«Devastador», foi como o impacte da greve foi descrito à Bloomberg por Drew Nieporent, presidente do Myriad Restaurant Group, que detém três restaurantes Nobu na cidade. Com festas natalícias já reservadas, os restaurantes daquela empresa estavam a caminho de ter a melhor semana de Natal desde o 11 de Setembro de 2001, mas foram apanhadas por esta greve. «As reservas foram canceladas e o meu negócio das festas foi por água abaixo», afirmou Nieporent.
Os comboios da cidade e serviços rodoviários retomavam hoje, depois de os líderes do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, composto por 32.000 membros, terem concordado em terminar a greve, na sequência do reinício de negociações com a Autoridade Metropolitana de Transportes.
A greve foi a decisão tomada pelo sindicato depois de terem falhado as negociações salariais e relativas aos benefícios dos trabalhadores. Esta foi a primeira greve no sistema de trânsito desde 1980, altura em que uma paragem semelhante gerou o caos em Nova Iorque durante 11 dias.
O fim desta greve fez reavivar as expectativas de uma retoma dos negócios, se bem que não possa eliminar os prejuízos já causados, nomeadamente nas indústrias do turismo, entretenimento, restauração e retalho.
Nova Iorque, a maior cidade dos EUA, gastou provavelmente 10 milhões de dólares por dia em policiamento e perdeu aproximadamente 12 milhões de dólares diários em rendimentos provenientes dos impostos sobre vendas, referiu o «mayor» da cidade, Michael Bloomberg.