A Grécia quer incrementar as trocas comerciais com Portugal, aproveitando a experiência que as empresas gregas têm junto dos países que vão aderir à União Europeia, afirmou Drakolulis Fountoukakos, presidente da Câmara de Comércio de Indústria de Atenas.

«A Grécia já tem uma posição importante nos países que vão entrar na União Europeia. Nesse sentido, as empresas gregas podem ajudar as portuguesas para uma troca de experiências e iniciativas empresariais através de parcerias ou "joint ventures" com empresas portuguesas», acrescentou o mesmo responsável no seminário «Grécia-Portugal: desafio económico face às novas oportunidades numa nova Europa», realizado em Atenas.

Segundo Fountoukakos, alguns destes países já têm níveis económicos «interessantes» que podem levar Portugal e Grécia a um bom desempenho.

O ministro da Economia Carlos Tavares referiu, no mesmo evento, que o comércio entre Portugal e Grécia «é o mais baixo da União Europeia, à excepção do Luxemburgo» e espera que «seja possível aumentar as relações entre os países, nomeadamente com novos investimentos gregos em Portugal».

Para tal, o ministro anunciou um conjunto de medidas estruturais como a criação da Agência Portuguesa de Investimento (API). Tavares afirmou ainda que uma das prioridades do Governo é de «diminuir a carga fiscal» às empresas para tornar mais atractivos os investimentos estrangeiros em Portugal.

O seminário realizou-se no âmbito da visita de três dias de Jorge Sampaio à Grécia, país que assume a presidência rotativa da União Europeia a partir de 1 de Janeiro de 2003.

A comitiva presidencial inclui um grupo de 50 empresários em busca de oportunidades de investimento onde se incluem nomes como os de Américo Amorim, Jardim Gonçalves e Belmiro de Azevedo.