Em declarações aos jornalistas, após o leilão de dívida realizado esta manhã, o ministro das Finanças garantiu que o Governo vai voltar a realizar vendas directas de dívida soberana.

"Continuaremos a realizar estas operações", afirmou Teixeira dos Santos, sem revelar, no entanto, quem são as respectivas contrapartes.

Fonte oficial do Ministério das Finanças disse na sexta-feira à agência Reuters que "as operações de colocação privada do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) são feitas sem divulgação da respectiva contraparte, de acordo com a prática do mercado".

O responsável da pasta das Finanças sublinhou apenas que a estratégia seguida pelo Governo tem como objectivo "diversificar a base de investidores".

No entanto, em entrevista recente à Reuters, Carlos Pina adiantou que Portugal tem "sentido receptividade" entre os responsáveis da China e que esta é uma "relação que quer intensificar”, vincando: "pelo que não ficamos surpreendidos com a presença acrescida de instituições financeiras chinesas no nosso mercado de dívida pública".

Durante a visita oficial do presidente chinês a Portugal, Hu Jintao afirmou que a China irá apoiar os esforços de Portugal para lidar com a crise financeira mundial, mas evitou comprometer-se publicamente com a compra de dívida soberana de Portugal.