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Governo quer borracha reciclada nos pavimentos rodoviários

Os ministérios do Ambiente e das Obras Públicas e das Comunicações estão a preparar um despacho conjunto que recomenda a utilização de BMB (Betume Modificado com Borracha) nos pavimentos rodoviários.

08 de Junho de 2006 às 10:04
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Os ministérios do Ambiente e das Obras Públicas e das Comunicações estão a preparar um despacho conjunto que recomenda a utilização de BMB (Betume Modificado com Borracha) nos pavimentos rodoviários.

O anúncio foi feito ontem pelos secretários de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, e pelo Adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos, numa visita à portuguesa Recipneu, o único produtor europeu de dimensão industrial de BMB. O projecto conta com a parceria da Estradas de Portugal.

Este granulado de borracha tem como principais aplicações o enchimento de campos de futebol em relva sintética e o fabrico de BMB para pavimentos rodoviários.

«O BMB é um elemento que, quando utilizado nas estradas, permite uma maior aderência dos pneus, diminuindo a distância de travagem, em 25%, aumentando consequentemente a segurança rodoviária, assim como diminui consideravelmente o ruído do rolamento de tráfego. Outras vantagens deste material são a maior durabilidade das estradas, o que contribui para poupança de recursos e a diminuição dos custos de manutenção», explica a Recipneu em comunicado.

As vendas desta empresa cresceram no ano passado 42,4% em volume e 83,3% em valor, tendo passado de 7.605 toneladas em 2004 para 10.828 toneladas em 2005 e de um volume de negócios de 1,7 milhões de euros para um de aproximadamente 3,2 milhões de euros.

A Recipneu exporta o granulado de borracha para a generalidade dos países europeus e ainda para os Estados Unidos da América, Rússia, passando por países do Médio Oriente e de África. Das vendas totais da empresa 65% são destinadas ao mercado externo.

«O grande dinamismo deste mercado resulta de a FIFA e a UEFA terem introduzido os campos sintéticos na ‘Lei do Jogo’ em Julho de 2004. As competições passaram então a poderem ser disputadas, indistintamente, em campos de relva natural ou sintética, desde que cumpram um conjunto de especificações, impostas por aqueles organismos desportivos (FQC – FIFA Quality Concept). Este facto, aliado à evidência científica do granulado criogénico como um elastómero excelente para o desempenho dos relvados sintéticos, permitiu a afirmação, no mercado global, do granulado produzido pela Recipneu», diz.

O arranque da unidade industrial da Recipneu ocorreu no primeiro trimestre de 2001, tendo agora uma capacidade de processamento de 25 mil toneladas por ano de pneus em fim de vida (cerca de 40% do volume anualmente gerado em Portugal), o que corresponde à produção anual de cerca de 15 mil toneladas de granulado de borracha.

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