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Governo "quer acreditar" que Nigéria vai cumprir entregas de gás mas admite risco

O principal fornecedor de gás a Portugal deverá cumprir o contrato, indica o ministro do Ambiente, mas existe um risco de incumprimento, que pode levar a alterações de preços em Portugal.

António Cotrim
19 de Setembro de 2022 às 12:33
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O ministro do Ambiente afirmou que o Governo "quer acreditar" que a Nigéria, o principal fornecedor de gás natural, vai cumprir os contratos de fornecimento, mas admitiu o risco de incumprimento, que pode levar a alterações de preços em Portugal.

"Fizemos uma visita [à Nigéria] e nós queremos acreditar nos nossos fornecedores", afirmou Duarte Cordeiro, numa conferência promovida pela CNN, em Lisboa, referindo-se a uma visita do Governo português à Nigéria, o principal fornecedor nacional de gás natural, altura em que, segundo o ministro, o Governo nigeriano disse que os contratos serão cumpridos.

"Mas existe o risco de não cumprirem", admitiu Duarte Cordeiro, acrescentando que, caso o risco se  materialize, poderá haver "gás mais caro", ou "alteração de preços no mercado nacional".

Duarte Cordeiro sublinhou, no entanto, que o país tem mais fornecedores de gás natural, que tem procurado diversificar.

Neste sentido, para o Governo, disse, "era muito importante que a Comissão Europeia atuasse", por exemplo, com plataformas de compras conjuntas.

Numa intervenção na mesma conferência, o presidente executivo da Galp, Andy Brown, lembrou que a energética perdeu 135 milhões de euros na importação de gás para a Península Ibérica, no primeiro semestre deste ano, devido a interrupções de fornecimento da Nigéria.

Adicionalmente, o líder da empresa avisou que os preços do gás natural podem subir, devido à revisão dos contratos com os fornecedores nigerianos.
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