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Governo britânico coloca Madeira "sob vigilância" na lista de viagens

Apenas um dia após adicionar a Madeira à "lista verde" de viagens internacionais, Londres identificou a região portuguesa como um dos destinos que apresenta maior risco de descer novamente para a "lista amarela".

Helder Santos
25 de Junho de 2021 às 10:38
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O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, alertou esta sexta-feira, 25 de junnho, para o "risco de as coisas mudarem" e destinos como a Madeira serem despromovidos da "lista verde" para a "amarela" de viagens internacionais britânica. 

Na véspera, o Executivo britânico anunciou que a Madeira, Malta, ilhas Baleares espanholas e das Caraíbas, incluindo Barbados, e outros Territórios Ultramarinos Britânicos vão ser adicionados na próxima semana à "lista verde" de viagens internacionais. 

Isto significa que os viajantes daqueles destinos estão isentos de quarentena na chegada a Inglaterra, decisão reproduzida pela Escócia e Irlanda do Norte, mas não pelo País de Gales. 

No entanto, Shapps vincou que, das 14 novas entradas, só Malta não está na "lista verde sob vigilância", a qual identifica os destinos com maior risco de descerem novamente para a "lista amarela" devido a um risco mais elevado. 

"Se as pessoas se encontrarem numa situação em que, a partir da semana que vem, querem sair, então estes são os locais para onde podem ir de férias. Claro, estando cientes de todas as ressalvas sobre o risco de as coisas mudarem pois, com este vírus, sabemos que isso acontece", disse à Sky News.

Numa nota distribuída pela presidência do Governo madeirense, o presidente Miguel Albuquerque afirmou que a reentrada da região no corredor verde britânico "é um ato da mais elementar justiça" e uma "grande vitória" para a região.

Evitar o caos a meio das férias


Esta nova lista pretende evitar as cenas caóticas de turistas a regressarem à pressa quando as regras para os diferentes países mudam, como aconteceu com Portugal, quando passou da "lista verde" para a "amarela" em junho. 

Israel e Jerusalém também foram transferidos da "lista verde" para a "lista verde sob vigilância", enquanto República Dominicana, Eritreia, Haiti, Mongólia, Tunísia e Uganda passam da "lista amarela" para a "vermelha". 

Atualmente, as viagens internacionais do Reino Unido são reguladas por um sistema de "semáforo", que classifica os destinos de acordo com o risco epidemiológico. 

Enquanto a "lista verde" isenta os viajantes de quarentena na chegada a território britânico, a "lista amarela" obriga a isolamento de 10 dias, bem como dois testes PCR, no segundo e oitavo dia.

A "lista vermelha", cujos países representam um risco elevado devido à circulação de novas variantes do coronavírus, exige quarentena de 10 dias num hotel designado, além de dois testes PCR, sendo interdito viajar por motivos não essenciais para aqueles destinos.

Grant Shapps adiantou que serão exoneradas de quarentena no regresso dos países da "lista amarela" as pessoas totalmente vacinadas "mais tarde no verão", mas não adiantou datas, alegando estar a estudar como fazer com os menores ou pessoas que não estão imunizadas. 

Nova vaga com a variante Delta

O Reino Unido, que atualmente regista uma nova vaga da pandemia causada pela variante Delta (inicialmente detetada na Índia), registou 16.703 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um máximo desde 06 de fevereiro, e totalizou 128.048 mortes desde o início da pandemia, o número mais alto na Europa. 

Contudo, é também um dos países mais avançados na vacinação, tendo 83% da população adulta recebido uma primeira dose e quase 61% as duas doses estipuladas.
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