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Governo admite rever previsões de crescimento do orçamento suplementar

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, admitiu aos jornalistas que o Governo irá refletir sobre as previsões que constam do Orçamento Suplementar, após a contração de 16,5% do PIB no segundo trimestre hoje divulgada.

António Cotrim
31 de Julho de 2020 às 13:39
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"Obviamente estes números vão obrigar a refletir sobre as previsões do Orçamento Suplementar. Estes números vão obrigar a refletir sobre as projeções que constam do Orçamento Suplementar, não é nada que não antecipássemos já e vão, portanto, levar-nos a fazer essa reflexão", disse Pedro Siza Vieira, num comentário à queda do PIB divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O governante sublinhou, no entanto, que os dados estão em linha com as estimativas da Comissão Europeia, e que em junho já se registaram sinais de retoma.

No trimestre em que se registou a maior queda de sempre do PIB português em termos homólogos, a queda em cadeia - relativamente ao primeiro trimestre do ano - foi de 14,1%, adiantou também o INE.

"Vamos continuar atentos aos próximos tempos. É de esperar que neste trimestre já teremos um crescimento relativamente ao segundo trimestre. Vamos ver qual é o ritmo de crescimento da economia nestes próximos meses e até ao final do ano para tentar perceber qual será, no conjunto do ano de 2020, o impacto desta pandemia na economia", disse.

Em comunicado, o Ministério das Finanças lembrou também que a contração muito acentuada da economia no segundo trimestre se está verificar em todo o mundo e está em linha com a queda verificada os principais parceiros económicos como Espanha (22,1%), França (19%) e Itália (17,3%).

"Esta redução muito acentuada do PIB no segundo trimestre reflete o impacto provocado pela pandemia de covid-19 e está associada ao período de maior recolhimento do estado de emergência, que vigorou entre 18 de março e 2 de maio, e das restantes medidas de proteção sanitária implementadas e consequente queda da atividade económica", refere. 

Nas últimas semanas, acrescenta, "os indicadores económicos de alta frequência apresentam já sinais de uma recuperação progressiva da atividade económica".

 
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