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GM terá de devolver incentivos se fechar Opel Azambuja

O ministro da Economia, Manuel Pinho, advertiu hoje que a General Motors (GM) terá de devolver o valor dos incentivos concedidos pelo Estado Português caso decida encerrar a fábrica da Opel, na Azambuja, antes  de 2009.

22 de Junho de 2006 às 19:06
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O ministro da Economia, Manuel Pinho, advertiu hoje que a General Motors (GM) terá de devolver o valor dos incentivos concedidos pelo Estado Português caso decida encerrar a fábrica da Opel, na Azambuja, antes  de 2009.

Falando no final da interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, o ministro da Economia e da Inovação frisou que o objectivo «primeiro» do executivo «é fazer o possível» para que a fábrica da Opel na Azambuja continue a funcionar.

No entanto, caso a GM decida encerrar a fábrica antes do final do contrato , que termina em 2009, Manuel Pinho avisou que a multinacional «terá de indemnizar o Estado Português».

«Se o Estado Português concede incentivos e a contraparte não cumpre o contrato, então terá de devolver o dinheiro», acrescentou, embora sem, especificar  o montante exacto de incentivos concedidos pelo Estado à GM.

Da interpelação ao Governo, Manuel Pinho disse ter provado que o Governo «não pode fazer mais» para tentar manter a fábrica da Opel na Azambuja, até porque o executivo «não fabrica automóveis».

«O Governo está em diálogo com uma empresa privada para criar condições de viabilidade a médio prazo», disse, antes de referir que o problema principal com o eventual encerramento da Opel na Azambuja «não é a produtividade ou a competitividade da fábrica».

«O problema principal são os enormes prejuízos registados pela GM no ano passado, o que levou [esta multinacional] adoptar um programa de redução de custos», com o encerramento de algumas das suas unidades de produção.

Sobre a eventual instalação de novas fábricas de componentes em Portugal - o que poderia reduzir os custos de produção da fábrica da Azambuja -, o ministro da Economia reconheceu que esse tipo de investimentos «são passíveis de apoio  por parte do Estado Português».

Manuel Pinho lamentou ainda a situação de «stress» dos trabalhadores da Opel, por causa da dúvida sobre o futuro da empresa.

«É uma situação motivada pela ilusão criada de que a fábrica se manteria até 2009», referiu o titular da pasta da Economia.

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