Notícia
GM terá de devolver incentivos se fechar Opel Azambuja
O ministro da Economia, Manuel Pinho, advertiu hoje que a General Motors (GM) terá de devolver o valor dos incentivos concedidos pelo Estado Português caso decida encerrar a fábrica da Opel, na Azambuja, antes de 2009.
O ministro da Economia, Manuel Pinho, advertiu hoje que a General Motors (GM) terá de devolver o valor dos incentivos concedidos pelo Estado Português caso decida encerrar a fábrica da Opel, na Azambuja, antes de 2009.
Falando no final da interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, o ministro da Economia e da Inovação frisou que o objectivo «primeiro» do executivo «é fazer o possível» para que a fábrica da Opel na Azambuja continue a funcionar.
No entanto, caso a GM decida encerrar a fábrica antes do final do contrato , que termina em 2009, Manuel Pinho avisou que a multinacional «terá de indemnizar o Estado Português».
«Se o Estado Português concede incentivos e a contraparte não cumpre o contrato, então terá de devolver o dinheiro», acrescentou, embora sem, especificar o montante exacto de incentivos concedidos pelo Estado à GM.
Da interpelação ao Governo, Manuel Pinho disse ter provado que o Governo «não pode fazer mais» para tentar manter a fábrica da Opel na Azambuja, até porque o executivo «não fabrica automóveis».
«O Governo está em diálogo com uma empresa privada para criar condições de viabilidade a médio prazo», disse, antes de referir que o problema principal com o eventual encerramento da Opel na Azambuja «não é a produtividade ou a competitividade da fábrica».
«O problema principal são os enormes prejuízos registados pela GM no ano passado, o que levou [esta multinacional] adoptar um programa de redução de custos», com o encerramento de algumas das suas unidades de produção.
Sobre a eventual instalação de novas fábricas de componentes em Portugal - o que poderia reduzir os custos de produção da fábrica da Azambuja -, o ministro da Economia reconheceu que esse tipo de investimentos «são passíveis de apoio por parte do Estado Português».
Manuel Pinho lamentou ainda a situação de «stress» dos trabalhadores da Opel, por causa da dúvida sobre o futuro da empresa.
«É uma situação motivada pela ilusão criada de que a fábrica se manteria até 2009», referiu o titular da pasta da Economia.