O ministro das Finanças francês recusou a promessa de, em 2003, reduzir o défice orçamental em 0,5% do PIB, alegando que a redução do mesmo depende da velocidade de recuperação da economia francesa.

Francis Mer afirmou ontem, na reunião de dois dias dos ministros das Finanças da Zona Euro que ainda decorre em Bruxelas, que prefere tomar medidas para que a economia cresça em vez de reduzir o défice, segundo as agências internacionais.

O défice orçamental francês registou, desde Janeiro a Agosto deste ano, um incremento de 26% para os 47,8 mil milhões de euros face ao período homólogo. Este saldo, que não inclui a Segurança Social e Finanças Locais reflecte, sobretudo, um aumento das despesas e uma queda nas receitas.

«O que querem ter? Crescimento (económico) ou redução do défice?», questionou Francis Mer depois dos trabalhos do primeiro dia do Ecofin. «Preferiria ter um crescimento superior ao da Alemanha do que ter um défice inferior (ao deles)», afirmou.

A França está também desalinhada com Wim Duisenberg que insiste para que os países efectuem cortes anuais nos défices tirando proveito da proposta de adiamento, para 2006 do equilíbrio orçamental, apresentada recentemente pela Comissão Europeia.