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FMI: Venezuela avança para hiperinflação
O Fundo Monetário Internacional (FMI) actualizou as previsões económicas para a América Latina e as Caraíbas, prevendo que o Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela registe uma nova contracção e que o país entre em hiperinflação.
"A Venezuela continua mergulhada numa profunda crise económica que avança para uma hiperinflação", afirma o FMI. A instituição refere como causas principais o défice orçamental, as enormes distorções económicas e uma forte restrição da disponibilidade de importações de bens intermédios.
Os dados divulgados pelo FMI projectam "uma marcada contracção da actividade económica" em 2017, e uma contracção do PIB de 6,0%, inferior a 2016 (menos 12%) e 2015 (menos 6,3%).
No passado dia 15, recorde-se, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (na foto), anunciou a assinatura do primeiro Decreto de Emergência Económica de 2017, para superar a crise e dando continuidade ao estado de "excepção" que vigora no país desde Janeiro de 2016.
Esta segunda-feira, 23 de Janeiro, vários milhares de opositores do governo venezuelano protestaram nas ruas da capital, Caracas, e de outras sete cidades do país, para pressionarem a realização de eleições regionais e conseguirem uma saída para a severa crise.
Além da Venezuela, o FMI prevê uma contracção noutras economias de países da América do Sul, como a Argentina (-2,2%). Quanto ao Brasil, admite que este último possa regista um ligeiro crescimento, não superior a 0,2%.
Dados não oficiais dão conta que a Venezuela poderá ter registado, em 2016, mais de 600% de inflação.