Notícia
FMI revê em alta crescimento do PIB português para 5,8%, mas também inflação
Depois de incorporar mais informação sobre o primeiro trimestre, FMI reviu em forte alta a sua estimativa de crescimento económico para este ano. Estimativa de inflação também sobe, para 6,1%. Fundo está mais otimista para o défice.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em forte alta as suas estimativas para o crescimento da economia portuguesa, para 5,8%, mas espera agora também que a inflação suba mais do que o esperado anteriormente.
Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, 30 de junho, a propósito da conclusão da missão a Portugal no âmbito do artigo IV (que prevê as análises às economias dos membros do Fundo), a instituição espera agora, em comparação com os dados divulgados anteriormente, um crescimento mais elevado em 2022 e uma travagem mais acentuada no próximo ano.
Em meados de maio, depois de ter concluído a missão a Portugal, o FMI antecipava um crescimento económico de 4,5% este ano e de 2% no próximo. Agora, o Fundo prevê que o PIB portugês avance 5,8% em 2022 e 1,9% em 2023. Recorde-se que o FMI não tinha incorporado nas suas contas anteriores os dados relativos à evolução do produto no primeiro trimestre, admitindo, na altura, que isso tivesse efeitos sobre as suas estimativas.
"Embora o crescimento se tenha fortalecido no início de 2022, a guerra na Ucrânia deve atenuar a recuperação para o resto do ano, através de uma deterioração significativa na procura externa, uma subida do preço das matérias-primas, disrupções do lado da oferta mais permanentes, uma confiança enfraquecida e condições de financiamento mais apertadas", descreve o FMI.
Em relação à inflação, a estimativa anterior do fundo era de um IHPC de 6% este ano, "começando a recuar em 2023, com a descida dos preços da energia e dos alimentos". Agora, a equipa liderada por Rupa Duttagupta aponta para uma inflação de 6,1% este ano e de 3,5% no próximo.
FMI mais otimista para o défice
Na frente orçamental, o Fundo também melhorou a sua estimativa para o défice orçamental, esperando agora que seja de 2,2% do PIB este ano, abaixo dos 2,4% esperados anteriormente, "refletindo a recuperação da Covid-19 e o levantamento das medidas que ainda estão em vigor". No entanto, esta estimativa fica acima dos 1,9% esperados pelo Governo.
"A política orçamental vai continuar acomodatícia com medidas que mitigam os impactos dos preços elevados da energia, bem como através de garantias públicas ao investimento que apoiam a recuperação", afirma.
Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, 30 de junho, a propósito da conclusão da missão a Portugal no âmbito do artigo IV (que prevê as análises às economias dos membros do Fundo), a instituição espera agora, em comparação com os dados divulgados anteriormente, um crescimento mais elevado em 2022 e uma travagem mais acentuada no próximo ano.
"Embora o crescimento se tenha fortalecido no início de 2022, a guerra na Ucrânia deve atenuar a recuperação para o resto do ano, através de uma deterioração significativa na procura externa, uma subida do preço das matérias-primas, disrupções do lado da oferta mais permanentes, uma confiança enfraquecida e condições de financiamento mais apertadas", descreve o FMI.
Em relação à inflação, a estimativa anterior do fundo era de um IHPC de 6% este ano, "começando a recuar em 2023, com a descida dos preços da energia e dos alimentos". Agora, a equipa liderada por Rupa Duttagupta aponta para uma inflação de 6,1% este ano e de 3,5% no próximo.
FMI mais otimista para o défice
Na frente orçamental, o Fundo também melhorou a sua estimativa para o défice orçamental, esperando agora que seja de 2,2% do PIB este ano, abaixo dos 2,4% esperados anteriormente, "refletindo a recuperação da Covid-19 e o levantamento das medidas que ainda estão em vigor". No entanto, esta estimativa fica acima dos 1,9% esperados pelo Governo.
"A política orçamental vai continuar acomodatícia com medidas que mitigam os impactos dos preços elevados da energia, bem como através de garantias públicas ao investimento que apoiam a recuperação", afirma.