Notícia
Finlandeses não se entendem para formar governo
A formação de um governo maioritário na Finlândia está a ser difícil. Vários partidos já deixaram as negociações e o país até se questiona se o líder da maior força política continua a ter autoridade para se manter na liderança do diálogo entre os partidos.
Primeiro, o sim ao resgate a Portugal levou o partido Verdadeiros Finlandeses, a terceira força política da Finlândia, a desistir de fazer parte das negociações para a formação do Governo daquela nação do norte da Europa.
Agora, o segundo partido com mais assentos parlamentares, o Partido Social Democrata, também deixou as conversações. Uma posição semelhante à do partido Aliança de Esquerda.
Oficialmente, restam quatro partidos nas negociações, mas um governo com maioria absoluta não parece fácil. Estas forças só totalizam 69 dos 200 assentos parlamentares conseguidos nas últimas eleições em Abril.
Jyrki Katainen, líder do maior partido que saiu das eleições de Abril, a Coligação Nacional, é quem tem estado à frente do diálogo entre os vários partidos. Mas, com o falhanço das negociações, levanta-se a questão sobre se tem capacidade para permanecer naquela função.
O porta-voz do Parlamento, Ben Zyskowics, disse ontem que a decisão de nomear Katainen como responsável pelas conversas inter-partidárias ainda está em vigor.
A situação finlandesa faz lembrar a vivida na Bélgica, onde um governo de gestão está responsável pelo país há aproximadamente um ano, depois de eleições que deram uma vitória com uma margem curta da Nova Aliança Flamenga.
As contas para a formação do governo
A Coligação Nacional obteve, nas últimas eleições, 44 lugares do Parlamento. Juntamente com os partidos Liga Verde, Partido Popular e Democratas Cristãos, atinge os 69 assentos, inviabilizando um governo maioritário.
Com 42 assentos, o Partido Social Democrata deixou as negociações por rejeitar subir o Imposto de Valor Acrescentado (IVA). “Katainen mostrou-nos a porta”, comentou a líder dos sociais-democratas, Jutta Urpillainen, cita a Bloomberg. A razão para o abandono da Aliança de Esquerda passa também pelos impostos. A YLE escreve que as negociações falhadas envolvem a discussão de aumentos contributivos no valor de 1,9 mil milhões de euros e de cortes orçamentais de 1,2 mil milhões de euros, num período de quatro anos.
Os Verdadeiros Finlandeses, com 39 assentos, recusaram pertencer a um governo com a aprovação do resgate a Portugal. Podem retroceder se existirem novas condições para a formação governamental. Uma delas é, por exemplo, a mudança do líder das negociações.
A esperança para Katainen pode passar agora pelo Partido Centrista, que obteve 35 assentos. A força da antiga primeira-ministra, Mari Kiviniemi, a maior derrotada do sufrágio de Abril, tem admitido que quer fazer parte da oposição. No entanto, segundo a página de Internet da YLE, Kiviniemi defende que as delegações parlamentares se devem juntar todas para dizer como é que o país “segue em frente”. Isto porque considera que a actual situação é “surpreendente e complicada”.
Com o impasse político, a Finlândia continua a tentar equilibrar as suas contas públicas, depois de ter sentido uma recessão de 8,2% em 2009, que ainda não foi totalmente compensada, já que a recuperação no ano passado foi de 3,1%. Além disso, a dívida do país também subiu mais de 10 pontos percentuais em dois anos, para 48,4% em 2010.
Agora, o segundo partido com mais assentos parlamentares, o Partido Social Democrata, também deixou as conversações. Uma posição semelhante à do partido Aliança de Esquerda.
Jyrki Katainen, líder do maior partido que saiu das eleições de Abril, a Coligação Nacional, é quem tem estado à frente do diálogo entre os vários partidos. Mas, com o falhanço das negociações, levanta-se a questão sobre se tem capacidade para permanecer naquela função.
O porta-voz do Parlamento, Ben Zyskowics, disse ontem que a decisão de nomear Katainen como responsável pelas conversas inter-partidárias ainda está em vigor.
A situação finlandesa faz lembrar a vivida na Bélgica, onde um governo de gestão está responsável pelo país há aproximadamente um ano, depois de eleições que deram uma vitória com uma margem curta da Nova Aliança Flamenga.
As contas para a formação do governo
A Coligação Nacional obteve, nas últimas eleições, 44 lugares do Parlamento. Juntamente com os partidos Liga Verde, Partido Popular e Democratas Cristãos, atinge os 69 assentos, inviabilizando um governo maioritário.
Com 42 assentos, o Partido Social Democrata deixou as negociações por rejeitar subir o Imposto de Valor Acrescentado (IVA). “Katainen mostrou-nos a porta”, comentou a líder dos sociais-democratas, Jutta Urpillainen, cita a Bloomberg. A razão para o abandono da Aliança de Esquerda passa também pelos impostos. A YLE escreve que as negociações falhadas envolvem a discussão de aumentos contributivos no valor de 1,9 mil milhões de euros e de cortes orçamentais de 1,2 mil milhões de euros, num período de quatro anos.
Os Verdadeiros Finlandeses, com 39 assentos, recusaram pertencer a um governo com a aprovação do resgate a Portugal. Podem retroceder se existirem novas condições para a formação governamental. Uma delas é, por exemplo, a mudança do líder das negociações.
A esperança para Katainen pode passar agora pelo Partido Centrista, que obteve 35 assentos. A força da antiga primeira-ministra, Mari Kiviniemi, a maior derrotada do sufrágio de Abril, tem admitido que quer fazer parte da oposição. No entanto, segundo a página de Internet da YLE, Kiviniemi defende que as delegações parlamentares se devem juntar todas para dizer como é que o país “segue em frente”. Isto porque considera que a actual situação é “surpreendente e complicada”.
Com o impasse político, a Finlândia continua a tentar equilibrar as suas contas públicas, depois de ter sentido uma recessão de 8,2% em 2009, que ainda não foi totalmente compensada, já que a recuperação no ano passado foi de 3,1%. Além disso, a dívida do país também subiu mais de 10 pontos percentuais em dois anos, para 48,4% em 2010.