Notícia
Finanças europeias querem mais privatizações na Grécia antes de nova ajuda
Os ministros das Finanças da Zona Euro abrem portas a novas condições na ajuda financeira, mas a Grécia tem um potencial de alienação de activos que poderá evitar um novo pacote de auxílio financeiro, diz o ministro das Finanças holandês.
O tema Grécia não é tabu mas não se esperavam decisões sobre a sua situação no encontro de hoje do Eurogrupo. Contudo, as intervenções à entrada da reunião mostraram que os responsáveis das Finanças europeias apoiam um maior número de privatizações por parte do país do sul europeu do que aquele que está programado pelo Executivo helénico. Só depois disso, se pode falar em nova ajuda.
"A Grécia tem mesmo de fazer muito mais do que tem feito", considerou Jean Kees De Jager, ministro das Finanças da Holanda, em Bruxelas. O responsável holandês afirmou que os problemas de financiamento do próximo ano poderão ser compensados pelo programa de privatização. Se isso acontecer, um novo plano de resgate financeiro pode não ser necessário.
"Estamos a impulsionar a ocorrência de privatizações. Ter uma parte tão grande da nossa economia detida pelo Estado é muito ineficiente", declarou De Jager, citado pela Bloomberg, que considerou igualmente que a Grécia não está ainda no caminho certo para a correcção orçamental.
Essa é também a opinião de Olli Rehn, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, que assegurou que a Grécia deve acelerar as suas reformas económicas e "assegurar a total aplicação do programa de privatizações", segundo declarações ao alemão "Die Welt".
Mas o responsável da Holanda e Olli Rehn não estão sozinhos. "A Grécia tem um enorme potencial de privatização e os gregos devem servir-se dos seus activos antes de pedirem mais dinheiro", considerou a ministra das Finanças austríaca, Maria Fekter.
Em resumo, a Grécia tem de privatizar primeiro, procurar ajuda depois: “Estamos a favor de uma extensão dos prazos, de dar mais tempo aos gregos, mas a tranche só poderá ser paga se forem accionadas reformas estruturais”, nas palavras de Fekter.
O facto é que o FMI, através de António Borges, que dirige o departamento europeu da instituição, tinha já garantido que as receitas com vendas de activos estatais, previstas para 50 mil milhões de euros, representam "provavelmente menos de 20%" do valor total que a Grécia poderia privatizar. O montante total que a instituição estima poder ser alienado é de 280 mil milhões de euros.
O conselheiro do governo grego, Lucas Papademos, também garantiu que o plano de privatizações poderá superar os 50 mil milhões inicialmente previstos. "Os activos detidos pelo Estado grego são muito maiores, mas não é certo quão rápido podem eles ser mobilizados", referiu o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) na semana passada.
Apesar disso, o ministro das Finanças da Bélgica, Didier Reynder, declarou hoje em Bruxelas que pode ser necessário um novo programa de ajuda à Grécia, além de poderem ser necessárias condições mais prolongadas.
Certo é que há um aspecto em que os responsáveis europeus estão em acordo: a reestruturação da dívida grega é uma operação a evitar. O porta-voz do comissário Olli Rehn, Amadeu Altafaj, disse antes da reunião dos ministros do euro que esta seria “devastadora”.
De Berlim, veio também a garantia de Angela Merkel de que a realização de uma reestruturação da dívida helénica iria danificar a credibilidade da Zona Euro de uma “forma incrível”, cita a Reuters. E, não se afastando daquela que parece ser a tónica geral da Europa, Merkel afirmou que a Grécia, tal como Portugal, deve aumentar as privatizações para aliviar o encargo com a dívida e melhorar a competitividade.
"A Grécia tem mesmo de fazer muito mais do que tem feito", considerou Jean Kees De Jager, ministro das Finanças da Holanda, em Bruxelas. O responsável holandês afirmou que os problemas de financiamento do próximo ano poderão ser compensados pelo programa de privatização. Se isso acontecer, um novo plano de resgate financeiro pode não ser necessário.
Essa é também a opinião de Olli Rehn, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, que assegurou que a Grécia deve acelerar as suas reformas económicas e "assegurar a total aplicação do programa de privatizações", segundo declarações ao alemão "Die Welt".
Mas o responsável da Holanda e Olli Rehn não estão sozinhos. "A Grécia tem um enorme potencial de privatização e os gregos devem servir-se dos seus activos antes de pedirem mais dinheiro", considerou a ministra das Finanças austríaca, Maria Fekter.
Em resumo, a Grécia tem de privatizar primeiro, procurar ajuda depois: “Estamos a favor de uma extensão dos prazos, de dar mais tempo aos gregos, mas a tranche só poderá ser paga se forem accionadas reformas estruturais”, nas palavras de Fekter.
O facto é que o FMI, através de António Borges, que dirige o departamento europeu da instituição, tinha já garantido que as receitas com vendas de activos estatais, previstas para 50 mil milhões de euros, representam "provavelmente menos de 20%" do valor total que a Grécia poderia privatizar. O montante total que a instituição estima poder ser alienado é de 280 mil milhões de euros.
O conselheiro do governo grego, Lucas Papademos, também garantiu que o plano de privatizações poderá superar os 50 mil milhões inicialmente previstos. "Os activos detidos pelo Estado grego são muito maiores, mas não é certo quão rápido podem eles ser mobilizados", referiu o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) na semana passada.
Apesar disso, o ministro das Finanças da Bélgica, Didier Reynder, declarou hoje em Bruxelas que pode ser necessário um novo programa de ajuda à Grécia, além de poderem ser necessárias condições mais prolongadas.
Certo é que há um aspecto em que os responsáveis europeus estão em acordo: a reestruturação da dívida grega é uma operação a evitar. O porta-voz do comissário Olli Rehn, Amadeu Altafaj, disse antes da reunião dos ministros do euro que esta seria “devastadora”.
De Berlim, veio também a garantia de Angela Merkel de que a realização de uma reestruturação da dívida helénica iria danificar a credibilidade da Zona Euro de uma “forma incrível”, cita a Reuters. E, não se afastando daquela que parece ser a tónica geral da Europa, Merkel afirmou que a Grécia, tal como Portugal, deve aumentar as privatizações para aliviar o encargo com a dívida e melhorar a competitividade.