A Reserva Federal (FED) norte-americana baixou hoje a sua taxa directora em 50 pontos base para os 4%, efectuando a quinta redução desde o início deste ano e deixando em aberto a possibilidade de realizar novos cortes para estimular a economia dos Estados Unidos (EUA).

O corte de hoje elevou a redução acumulada das taxas nos EUA para um total de 250 pontos base desde o início deste ano, com o nível actual do preço do dinheiro a ser o mais baixo dos últimos sete anos na maior economia mundial.

Num comunicado divulgado após a reunião de hoje, a autoridade monetária norte-americana sublinhou que «continua a manter a sua visão» de que existem riscos de abrandamento económico no futuro, indiciando que poderá efectuar novas descidas de taxas, caso os indicadores económicos apontem para a perda de ritmo da economia dos EUA.

O FED referiu também que a economia norte-americana continua a sofrer com «as perspectivas de reduções de lucros (das empresas)» e com os efeitos das quedas verificadas nos mercados accionistas ao nível do consumo, enfrentando também os riscos decorrentes de um abrandamento no exterior.

A decisão do FED foi de encontro às expectativas dos analistas, apesar dos últimos indicadores económicos terem indiciado uma recuperação da maior economia mundial, tornando menos necessários novos cortes de taxas.

Em Abril, as vendas a retalho dos Estados Unidos avançaram 0,8%, números acima das estimativas, enquanto os preços no produtor cresceram 0,2% face ao mês anterior.

No mês passado, o Governo norte-americano anunciou que o produto interno bruto (PIB) dos EUA aumentou 2% nos primeiros três meses deste ano, quando os analistas aguardavam uma progressão de 1%.

Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a sua taxa de referência em 25 pontos base na quinta-feira passada, para os actuais 4,5%, fazendo com que as taxas norte-americanas estejam pela primeira vez 50 pontos base abaixo do verificado no Velho Continente.