Em entrevista à TSF, o “chairman” da Caixa Geral de Depósitos sublinhou que “uma instituição desta natureza, que tenha o objectivo de optimizar a utilização de fundos com o fim específico de apoiar o investimento e as condições de funcionamento das PME, pode fazer de facto sentido, porque ela já existe noutros países e tem sido um caso de sucesso, quer na Alemanha quer na Espanha”.

Segundo Faria de Oliveira, também faz sentido envolver a Caixa Geral de Depósitos na criação do novo banco. “Tem toda a lógica que uma instituição financeira tenha algum envolvimento do banco público, da CGD, porque nós, em primeiro lugar, temos experiência, temos estrutura, e poderemos acelerar o funcionamento de uma tal instituição se ela vier a ser criada”, declarou à TSF.

Recorde-se que nos últimos dias se tem falado na criação de um banco de fomento. Os estudos já estão a ser realizados e envolvem o Ministério das Finanças, o Banco de Portugal e o Conselho de Concertação Social.

À TSF, “o presidente da CGD esclareceu também as declarações algo contraditórias que fez nos últimos dias quando afirmou desconhecer que o Governo estava a estudar a criação de um banco de fomento”, refere aquela estação de rádio.

“Quando isso aconteceu (...) não tinha tido conhecimento de se ter falado de um banco de fomento. Eu tinha conhecimento deste grupo de trabalho e da possibilidade de vir a ser criada uma instituição financeira especializada. A hipótese de ser banco de fomento… eu não conhecia com esta designação”, explicou.

“A CGD tem conhecimento de que estão a decorrer estudos, envolvendo designadamente o ministério das Finanças, o Banco de Portugal e o presidente do Conselho de Concertação Social, com vista à eventual constituição de uma instituição financeira especializada”, tinha declarado ontem à Lusa o presidente do conselho de administração da CGD.