As empresas não financeiras aumentaram em 2014 o volume de negócios, o valor acrescentado bruto e o pessoal ao serviço, revela a informação divulgada esta quinta-feira, dia 17 de Março, pelo Instituto Nacional Estatística (INE).

Face ao ano anterior, registaram-se mais 2,7% de empresas não financeiras em Portugal. O pessoal ao serviço aumentou 2,1%, o volume de negócios cresceu 1,7%, enquanto o valor acrescentado bruto subiu 4% e o excedente bruto de exploração subiu 7,2%.

"O ano de 2014 ficou globalmente marcado pela evolução positiva dos principais indicadores económicos e financeiros do setor empresarial não financeiro", conclui o INE em comunicado, referindo os principais indicadores.
 

"Analisando o contributo de cada um dos setores de atividade na evolução do excedente bruto de exploração (EBE), destacou-se o setor do comércio, com um contributo de +2,1%", refere o destaque.
 

"Existiam 3 415 sociedades de elevado crescimento, verificando-se pela primeira vez um acréscimo ao longo do período 2010-2014 (mais 254 que em 2013), no entanto, ainda a um nível consideravelmente inferior ao ano 2010", acrescenta o comunicado. 

"O peso das sociedades com perfil exportador voltou a aumentar em 2014 (representando 6,1% do total das sociedades não financeiras), sendo que os principais indicadores destas sociedades continuaram a evoluir de forma mais positiva que os das não exportadoras", conclui o INE. 

Aumentam as novas empresas

O INE explica que a evolução verificada nos nascimentos de empresas foir "fortemente influenciada pelo comportamento no sector da agricultura e pescas no ano anterior, decorrente da obrigatoriedade do registo nas finanças de todos os agricultores com actividade comercial nesse ano.

"Excluindo este setor, ainda assim manteve-se o aumento dos nascimentos de empresas, com acréscimos de 2,6% para as empresas individuais e 4,7% para as sociedades, comparativamente a 2013". 

Grandes empresas e agricultura lideram criação de emprego

Em 2014, o pessoal ao serviço das empresas não financeiras aumentou 2,1%, tendo sido mais acentuado entre as grandes empresas (3,1%) e no sector da agricultura e pescas (15%). Os dados relativos a este último sector podem no entanto estar relacionados com as novas obrigações de registo já referidas.

Os dados obtidos pelo Instituto Nacional de Estatística a partir do sistema de contas integradas das empresas revelam que as grandes empresas - apenas 973 - empregavam 681 mil pessoas, depois da subida registada em 2014. Estas empresas são também responsáveis por 40,7% do volume de negócios.

Já as 1,2 milhões de pequenas e médias empresas empregavam nesse ano 2,76 milhões de pessoas, depois de uma evolução mais modesta (1,8%).

Por sectores, a agricultura e pescas regista o maior aumento (15%), seguido da informação e comunicação (3,3%) e do alojamento e restauração (2,9%).

Alojamento e restauração sobem, construção em queda

O alojamento e a restauração registaram os maiores aumentos ao nível do volume de negócios (9,1%) e registaram evoluções positivas em todos os indicadores, incluindo o pessoal ao serviço (2,4%) e o valor acrescentado bruto (8,4%), apesar de o resultado líquido das sociedades deste sector ser negativo.

Já a construção e as actividades imobiliárias destacaram-se, nesse ano, por pertencerem ao único sector com variações negativas nos principais indicadores.

Com o número de empresas a recuar, o emprego caiu 3,4%, o volume de negócios recuou 4,7% e o VAB 3,7%, revela ainda o destaque do INE. 

Notícia actualizada pela última vez às 13:41 com mais informação