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Exportações e importações portuguesas afundam 40% pelo segundo mês
As exportações e as importações portuguesas afundaram em torno de 40% em maio pelo segundo mês consecutivo, refletindo os efeitos da pandemia nas trocas comerciais internacionais.
As exportações e as importações portuguesas afundaram em torno de 40% em maio pelo segundo mês consecutivo, refletindo os efeitos da pandemia nas trocas comerciais internacionais.
De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, 10 de julho, as exportações desceram 39% em maio, face ao mesmo mês do ano passado, enquanto as importações caíram 40,2%. Esta evolução segue-se às descidas homólogas de 40,1% e 39,5%, respetivamente, em abril.
No que respeita às vendas para o exterior, destacam-se, ainda assim, os decréscimos no material de transporte (-54,0%, principalmente para Espanha e Alemanha) e de Fornecimentos industriais (-33,5%, principalmente para Espanha).
Nas importações o destaque vai para as diminuições de material de transporte (-66,6%, proveniente principalmente de França), de Combustíveis e lubrificantes (-78,7%), justificado sobretudo pelo encerramento das refinarias nacionais, e de Fornecimentos industriais (-32,6%, proveniente sobretudo de Espanha).
Em relação ao mês anterior, as quebras nas trocas de bens com o exterior abrandaram face à evolução registada em abril, com as exportações a descerem 14,4% e as importações a diminuírem 5,2%, após o colapso de 33,7% e 32,5% observado em abril face a março.
Com estas descidas em maio, o défice da balança comercial atingiu 908 milhões de euros, o que representa uma diminuição do défice de 722 milhões de euros face ao mesmo mês de 2019.
Tendo em conta os principais países de destino em 2019, nas exportações registaram-se quedas para todos os principais parceiros, destacando-se a diminuição para Espanha (-41,2%), sobretudo devido aos decréscimos das exportações de Fornecimentos industriais, Bens de consumo e Material de transporte.
Nas importações destaca-se igualmente o decréscimo de Espanha (-31,3%), principalmente de Fornecimentos industriais.
Só a China registou um aumento (5,1%), devido aos Bens de consumo, essencialmente pela importação de material de proteção individual (maioritariamente máscaras).