A moeda europeia seguia a desvalorizar face ao dólar pela primeira vez em sete dias, depois do jornal britânico "Telegraph" ter citado um regulador da banca alemã a afirmar que os níveis de dívida nas maiores instituições financeiras do país poderão aumentar. Os receios em torno da situação da banca na região penalizavam, assim, a moeda única.

O euro caia 0,50% para os 1,3946 dólares, depois de ter acumulado um ganho de perto de 4% nas seis sessões anteriores. A 22 de Maio, a divisa única atingiu o valor mais elevado desde 2 de Janeiro nos 1,4051 dólares.

“Este relatório em torno da situação de dívida alemã não está a ajudar o sentimento face ao euro”, afirmou Adam Carr, economista da ICAP Austrália, citado pela agência Bloomberg.

Jochen Sanio, presidente do regulador alemão, avançou ao “Telegraph” que a dívida dos bancos alemães vai explodir “como uma granada”, a menos que estes participem no plano de “bad bank” do governo. Sanio avançou, na semana passada, que os bancos alemães tem 200 mil milhões de euros de dívidas, afirma o mesmo jornal.

Em entrevista à Bloomberg, na semana passada, Saniou adiantou que a Alemanha é “mais do que capaz” de lidar com os 200 mil milhões de euros de activos tóxicos que os seus bancos apresentam.

O euro também desvalorizava face ao iene depois da Moody’s Investors Service ter colocado o seu “outlook” para os bancos da Bulgária DSK Bank e o First Investment Bank sob revisão para um possível corte. A agência justificou esta decisão com “a provável deterioração do ambiente operacional na Bulgária”.

“O tema do ‘rating’ de crédito vai continuar a dominar o mercado e divisas ou países que são alvo de especulação podem ficar sob pressão”, adiantou Yuichiro Harada, responsável da disivão cambial do Mizuho Corporate Bank, citado pela agência Bloomberg.

O euro descia 0,64% para os 132,07 ienes.

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