Notícia
EUA pedem à China que condene Russia pela invasão da Ucrânia
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, disse que a China "continua a proteger" a Rússia "nas organizações internacionais e a fazer eco da sua propaganda".
09 de Julho de 2022 às 10:54
Os Estados Unidos manifestaram este sábado à China preocupação pelo seu alinhamento com a Rússia e pediram a Pequim que condene Moscovo pela invasão da Ucrânia, anunciou o chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken.
"Pequim diz que é neutra, mas eu digo-lhes que é muito difícil permanecer neutro perante tal agressão", disse Blinken na ilha indonésia de Bali após uma reunião com o seu homólogo chinês, Wang Yi, segundo a agência espanhola EFE.
Blinken e Wang estiveram reunidos durante cinco horas, um dia após o fim da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 sobre a guerra na Ucrânia e os seus efeitos na economia a nível global.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia, quando invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano.
Blinken disse que a China "continua a proteger" a Rússia "nas organizações internacionais e a fazer eco da sua propaganda".
"Este é realmente o momento em que todos precisamos de nos levantar, como fez um país do G20 após outro, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso a alimentos bloqueados na Ucrânia", disse Blinken, citado pela agência francesa AFP.
A Rússia esteve representada na reunião de Bali pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
A reunião de dois dias do G20 terminou sem uma declaração conjunta sobre o fim da guerra ou a forma de lidar com o seu impacto na segurança alimentar e energética.
No entanto, Blinken disse acreditar que a Rússia saiu de Bali isolada e sozinha, referindo que a maioria dos participantes expressou oposição à guerra na Ucrânia.
"Houve um forte consenso e a Rússia ficou isolada", disse Blinken, segundo a agência norte-americana AP.
Na quinta-feira, os ministros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) boicotaram o jantar de boas-vindas, em protesto contra a participação de Lavrov na reunião em Bali.
A reunião realizou-se em Nusa Dua, Bali, por a Indonésia exercer atualmente a presidência do grupo das 20 economias mais desenvolvidas ou em desenvolvimento.
Blinken disse que não viu em Bali qualquer sinal de cooperação por parte da Rússia e observou que Lavrov saiu mais cedo da reunião, possivelmente porque não gostava do que ouvia dos seus homólogos.
"Era muito importante que ele [Lavrov] ouvisse alto e claro de todo o mundo a condenação da agressão da Rússia", comentou.
No longo encontro com Wang, Blinken disse ainda que transmitiu a "profunda preocupação" de Washington com a pressão militar de Pequim sobre Taiwan, a ilha com um governo próprio que Pequim considera parte do seu território.
"Manifestei a profunda preocupação dos Estados Unidos com a retórica e atividades cada vez mais provocatórias de Pequim em relação a Taiwan e a importância vital de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse Blinken.
Apesar das divergências Blinken mostrou-se satisfeito com as conversações com Wang.
"Posso dizer com alguma confiança que as nossas delegações consideraram as discussões de hoje úteis, francas e construtivas", acrescentou.
Além dos países do G7, participam na reunião os chefes da diplomacia de África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Europeia.
"Pequim diz que é neutra, mas eu digo-lhes que é muito difícil permanecer neutro perante tal agressão", disse Blinken na ilha indonésia de Bali após uma reunião com o seu homólogo chinês, Wang Yi, segundo a agência espanhola EFE.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia, quando invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano.
Blinken disse que a China "continua a proteger" a Rússia "nas organizações internacionais e a fazer eco da sua propaganda".
"Este é realmente o momento em que todos precisamos de nos levantar, como fez um país do G20 após outro, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso a alimentos bloqueados na Ucrânia", disse Blinken, citado pela agência francesa AFP.
A Rússia esteve representada na reunião de Bali pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
A reunião de dois dias do G20 terminou sem uma declaração conjunta sobre o fim da guerra ou a forma de lidar com o seu impacto na segurança alimentar e energética.
No entanto, Blinken disse acreditar que a Rússia saiu de Bali isolada e sozinha, referindo que a maioria dos participantes expressou oposição à guerra na Ucrânia.
"Houve um forte consenso e a Rússia ficou isolada", disse Blinken, segundo a agência norte-americana AP.
Na quinta-feira, os ministros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) boicotaram o jantar de boas-vindas, em protesto contra a participação de Lavrov na reunião em Bali.
A reunião realizou-se em Nusa Dua, Bali, por a Indonésia exercer atualmente a presidência do grupo das 20 economias mais desenvolvidas ou em desenvolvimento.
Blinken disse que não viu em Bali qualquer sinal de cooperação por parte da Rússia e observou que Lavrov saiu mais cedo da reunião, possivelmente porque não gostava do que ouvia dos seus homólogos.
"Era muito importante que ele [Lavrov] ouvisse alto e claro de todo o mundo a condenação da agressão da Rússia", comentou.
No longo encontro com Wang, Blinken disse ainda que transmitiu a "profunda preocupação" de Washington com a pressão militar de Pequim sobre Taiwan, a ilha com um governo próprio que Pequim considera parte do seu território.
"Manifestei a profunda preocupação dos Estados Unidos com a retórica e atividades cada vez mais provocatórias de Pequim em relação a Taiwan e a importância vital de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse Blinken.
Apesar das divergências Blinken mostrou-se satisfeito com as conversações com Wang.
"Posso dizer com alguma confiança que as nossas delegações consideraram as discussões de hoje úteis, francas e construtivas", acrescentou.
Além dos países do G7, participam na reunião os chefes da diplomacia de África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Europeia.