A estação de metro do Terreiro do Paço está agora estimada em cerca de 57 milhões de euros, o que representa, segundo o presidente do Metropolitano, Mineiro Aires, um sobrecusto de 30 milhões de euros em relação ao valor inicialmente previsto.

No entanto, alerta, estamos a falar de um projecto completamente diferente que implicou mesmo a mudança de localização da nova estação. A maior fatia deste sobrecusto, explica, correspondeu à necessidade de desfazer parte substancial da obra que já estava feita.

Deste bolo, cerca de 42 milhões corresponde às obras contratualizadas com a Metropaço. Falta ainda cerca de 15 milhões de euros relativos aos acabamentos da estação, para os quais haverá um concurso autónomo. No entanto, o custo total ainda está em aberto porque o Metro e o consórcio não chegaram a acordo sobre as obras a mais que a Metropaço pretende facturar. Os valores finais que a empresa está disposta a assumir estão agora a ser apurados.

O Metropolitano de Lisboa acredita que será possível repor o Cais das Colunas, que está há alguns anos debaixo do aterro das obras da estação de metro do Terreiro do Paço, no início do próximo ano.

Numa visita organizada hoje às obras da estação, e que assinala a colocação de viga definitiva que permite garantir das condições segurança para a conclusão da obra, o presidente da empresa, Mineiro Aires admite mesmo deslocar para a frente o Cais das Colunas para criar mais espaço e permitir um ordenamento com melhores condições para a circulação de peões.

Com a consolidação das obras da estação, vai agora avançar a execução do reforço do túnel que ficou danificado na sequência do acidente de há quatro anos. A abertura desta extensão, da Baixa Chiado a Santa Apolónia, continua prevista para o final de 2005.