Notícia
Energias renováveis batem recorde mundial em 2021, mas ainda não são suficientes
Um estudo divulgado esta quarta-feira pela Agência Internacional de Energia indica que, apesar do recorde batido este ano, o ritmo ainda é insuficiente para colocar o planeta no caminho da neutralidade de carbono.
01 de Dezembro de 2021 às 08:40
O ano 2021 assistiu a uma implantação sem precedentes de capacidade de eletricidade renovável no mundo, um ritmo muito insuficiente para colocar o planeta no caminho da neutralidade de carbono, segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE).
Este ano deverá bater o recorde do ano passado de 290 gigawatts (GW) de nova capacidade instalada, apesar do aumento do custo de alguns componentes e transporte, lê-se no relatório divulgado esta quarta-feira.
A AIE reviu as suas projeções para cima e espera qye 4.800 GW de instalações deverão estar disponíveis até 2026, mais 60% em relação a 2020 e equivalente à atual capacidade de eletricidade dos combustíveis nucleares e fósseis combinados
A energia fotovoltaica deve ser responsável por mais de 50% deste crescimento, e a energia eólica offshore deve ver a sua capacidade triplicar.
No entanto, se os preços dos componentes e materiais se mantiverem tão elevados como estão até ao final de 2022, o custo do investimento em energia eólica poderá voltar aos níveis anteriores a 2015, e no solar, três anos de queda dos preços seriam eliminados, adverte o organismo.
"Os atuais preços elevados dos materiais representam novos desafios para o setor das renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ainda mais competitivas", disse o diretor da agência, Fatih Birol.
Para a AIE, os governos poderiam facilitar a sua implantação através de medidas coerentes e consistentes, iniciando a adaptação das redes elétricas, combatendo a falta de aceitação social.
"Temos também de enfrentar as dificuldades de investimento nos países em desenvolvimento" apela a Agência.
Quanto às barragens, bioenergia e energia geotérmica a sua expansão só representará 11% do crescimento das energias renováveis até 2026, principalmente devido à falta de apoio e remuneração.
Assim, no final, este crescimento esperado das energias renováveis não será suficiente para colocar o mundo no caminho da neutralidade de carbono em 2050, o que é necessário para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C em comparação com o período pré-industrial.
Para isso, a taxa de nova capacidade renovável instalada até 2026 teria de duplicar a previsão da AIE, e o crescimento da procura de biocombustíveis teria de ser quatro vezes superior.
Este ano deverá bater o recorde do ano passado de 290 gigawatts (GW) de nova capacidade instalada, apesar do aumento do custo de alguns componentes e transporte, lê-se no relatório divulgado esta quarta-feira.
A energia fotovoltaica deve ser responsável por mais de 50% deste crescimento, e a energia eólica offshore deve ver a sua capacidade triplicar.
No entanto, se os preços dos componentes e materiais se mantiverem tão elevados como estão até ao final de 2022, o custo do investimento em energia eólica poderá voltar aos níveis anteriores a 2015, e no solar, três anos de queda dos preços seriam eliminados, adverte o organismo.
"Os atuais preços elevados dos materiais representam novos desafios para o setor das renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ainda mais competitivas", disse o diretor da agência, Fatih Birol.
Para a AIE, os governos poderiam facilitar a sua implantação através de medidas coerentes e consistentes, iniciando a adaptação das redes elétricas, combatendo a falta de aceitação social.
"Temos também de enfrentar as dificuldades de investimento nos países em desenvolvimento" apela a Agência.
Quanto às barragens, bioenergia e energia geotérmica a sua expansão só representará 11% do crescimento das energias renováveis até 2026, principalmente devido à falta de apoio e remuneração.
Assim, no final, este crescimento esperado das energias renováveis não será suficiente para colocar o mundo no caminho da neutralidade de carbono em 2050, o que é necessário para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C em comparação com o período pré-industrial.
Para isso, a taxa de nova capacidade renovável instalada até 2026 teria de duplicar a previsão da AIE, e o crescimento da procura de biocombustíveis teria de ser quatro vezes superior.