Notícia
Empresas de dispositivos médicos reclamam dívida de 778 milhões
A dívida dos hospitais do SNS às empresas de dispositivos médicos aumentou 200 milhões face a 2010.
27 de Janeiro de 2012 às 11:34
Os hospitais públicos estavam a dever, no final de 2011, cerca de 778 milhões de euros às empresas de dispositivos médicos. A dívida cresceu 200 milhões face ao ano anterior, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Dispositivos Médicos (Apormed).
No quarto trimestre de 2011, verificou-se um agravamento para 455 dias da dívida dos hospitais a estas empresas, o que corresponde a mais de um ano de fornecimentos a custo zero para o Estado e a um agravamento de 121 dias face ao quarto trimestre de 2010.
Estes valores deixam de fora a dívida das Regiões Autónomas, cujo atraso, apenas no caso dos Serviços de Saúde da Madeira, ascendia a 1.081 dias.
“Tendo em consideração que os principais clientes deste sector são os hospitais públicos, a situação actual, mais agravada ainda pela falta de financiamento por parte do sistema bancário, é de grande preocupação. A APORMED teme que, para além da probabilidade de ocorrência de situações complicadas de asfixia financeira, um maior número de empresas opte por recorrer ao débito de juros sobre os créditos em mora, como forma legal de minorar os seus gastos financeiros”, revela, em comunicado, Humberto Costa, secretário-geral da APORMED.
Para regularizar as dívidas, muitos hospitais estão a colocar condições que as empresas não compreendem. “Não é compreensível nestas circunstâncias que vários hospitais do SNS estejam a dirigir às empresas pedidos de descontos financeiros como contrapartida da regularização de atrasos da grandeza dos actuais”, diz o secretário-geral.
Estas dívidas somam-se à dívida dos hospitais públicos aos laboratórios farmacêuticos superior a 1,3 mil milhões de euros.
A troika deixará o Governo utilizar 1.500 milhões de euros da transferência de fundos de pensões da banca na liquidação de dívidas na Saúde, mas para isso o Governo tem primeiro de se comprometer que as dívidas não voltarão a subir.
No quarto trimestre de 2011, verificou-se um agravamento para 455 dias da dívida dos hospitais a estas empresas, o que corresponde a mais de um ano de fornecimentos a custo zero para o Estado e a um agravamento de 121 dias face ao quarto trimestre de 2010.
“Tendo em consideração que os principais clientes deste sector são os hospitais públicos, a situação actual, mais agravada ainda pela falta de financiamento por parte do sistema bancário, é de grande preocupação. A APORMED teme que, para além da probabilidade de ocorrência de situações complicadas de asfixia financeira, um maior número de empresas opte por recorrer ao débito de juros sobre os créditos em mora, como forma legal de minorar os seus gastos financeiros”, revela, em comunicado, Humberto Costa, secretário-geral da APORMED.
Para regularizar as dívidas, muitos hospitais estão a colocar condições que as empresas não compreendem. “Não é compreensível nestas circunstâncias que vários hospitais do SNS estejam a dirigir às empresas pedidos de descontos financeiros como contrapartida da regularização de atrasos da grandeza dos actuais”, diz o secretário-geral.
Estas dívidas somam-se à dívida dos hospitais públicos aos laboratórios farmacêuticos superior a 1,3 mil milhões de euros.
A troika deixará o Governo utilizar 1.500 milhões de euros da transferência de fundos de pensões da banca na liquidação de dívidas na Saúde, mas para isso o Governo tem primeiro de se comprometer que as dívidas não voltarão a subir.