Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Empresários e consumidores portugueses nunca estiveram tão pessimistas

A confiança dos empresários e dos consumidores portugueses continuou a diminuir em Fevereiro atingindo mínimos de pelo menos 20 anos. O pessimismo relativo às perspectivas económicas e ao aumento do desemprego tem vindo a aumentar, em todos os sectores de acitividade nacionais.

26 de Fevereiro de 2009 às 10:31
  • ...
A confiança dos empresários e dos consumidores portugueses continuou a diminuir em Fevereiro atingindo mínimos de pelo menos 20 anos. O pessimismo relativo às perspectivas económicas e ao aumento do desemprego tem vindo a aumentar, em todos os sectores de acitividade nacionais.

Os indicadores revelados hoje pelo INE acompanham a tendência registada na Europa, onde os índices de confiança dos consumidores e dos empresários também atingiram, em Fevereiro, os níveis mais baixos desde pelo menos 1985, quando os dados começaram a ser compilados.

Em Fevereiro, o indicador de confiança dos consumidores portugueses reforçou a tendência descendente iniciada em Novembro de 2006, apresentando um novo mínimo para a série iniciada em Junho de 1986.

O comportamento observado em Fevereiro resultou do contributo negativo de todas as componentes, mas sobretudo das perspectivas sobre a evolução do desemprego e da situação económica do país, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em Janeiro foram mais de 70 mil os portugueses que se inscreveram nos centros de emprego, assinalando a recessão que está a assolar a economia portuguesa, que registou uma contracção de 2% no último trimestre do ano passado.

No lado dos empresários, o indicador de clima económico caiu para 2,9 pontos negativos, contra 2,5 pontos negativos em Janeiro, atingindo um mínimo histórico desde que as séries começaram a ser feitas em 1989.

Os serviços registaram a queda mais acentuada, este mês, com o índice sectorial a cair de 11,6 pontos negativos, no mês anterior, para 18 pontos negativos, o valor mais baixo desde que a série começou a ser feita em Abril de 2001.

O andamento do índice de confiança nos serviço reflectiu a deterioração de todas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas, perspectivas de procura e opiniões relativas à actividade corrente.

No sector da Indústria Transformadora o índice de confiança prolongou a trajectória descendente iniciada em Março, embora de forma menos intensa que nos quatro meses anteriores, atingindo um novo mínimo histórico para a série iniciada em Janeiro de 1989.

Nas Obras Públicas, o índice calculado pelo INE prolongou o acentuado movimento descendente iniciado em Junho, embora tenha registado uma diminuição menos intensa em Fevereiro. A evolução do indicador nos dois últimos meses resultou do agravamento observado nas perspectivas de emprego.

O índice de confiança no sector do Comércio em Fevereiro também atingiu um novo mínimo para a série iniciada em 1989, na sequência da acentuada trajectória descendente observada desde Abril. O comportamento do indicador nos últimos três meses deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a actividade corrente e das perspectivas de actividade, mais expressivo no segundo caso.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio