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Empresário luso-americano patrocina campanhas de McCain e Obama

O empresário António Frias, um dos principais financiadores individuais das campanhas eleitorais no Estado de Massachusetts, desembolsou perto de 50 mil dólares (39,3 mil euros) para as campanhas de John McCain e Barack Obama.

31 de Outubro de 2008 às 16:14
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O empresário António Frias, um dos principais financiadores individuais das campanhas eleitorais no Estado de Massachusetts, desembolsou perto de 50 mil dólares (39,3 mil euros) para as campanhas de John McCain e Barack Obama.

Em declarações à Agência Lusa, António Frias considera que a melhor estratégia de um empresário nos EUA é contribuir para as campanhas presidenciais de ambos os partidos.

"Dou aos dois. Há 20 anos que dou aos republicanos o máximo permitido por lei - 2300 dólares (1800 euros ao câmbio actual) por cada pessoa. A lei permite-me dar mais um tanto para os partidos e 500 dólares (390 euros) para a Câmara Municipal [de New Bedford]," declara Frias.

"Mas, na prática, dou mais", explica. Adicionando as quantias doadas em nome dos restantes membros da sua família, os montantes engordam: "Deve ser um total de 30 mil dólares (23,5 mil euros) por ano. Aos democratas dou muito menos mas também dou algum - uns 15 mil."

A sua empresa também beneficia organizações de caridade e bolsas de estudo. "Cerca de 300 mil (dólares 235 mil euros), por ano", acrescenta. "É importante contribuir com a sociedade porque aqui é que a gente vive, aqui é que a gente trabalha, aqui é que a gente tem o nosso negócio", justifica.

O empresário luso-americano confessa que sempre se identificou com os valores republicanos mas considera particularmente importante que, desta vez, seja John McCain a ocupar a Casa Branca.

"O país vai ficar muito pior [se Barack Obama ganhar] porque, se o Presidente for democrata, o Senado é democrata e o Congresso é democrata, não preciso de dizer mais...", sustenta.

"É como dar um livro de cheques aberto para gastar à vontade. Fazem tudo quanto quiserem - criam programas para aqui e para ali e nada de produzir. Torna-se num socialismo", diz, acrescentando que acredita que o que tornou os Estados Unidos na "maior economia do mundo e num país de oportunidades" foi o regime capitalista.

"No capitalismo, quanto mais se trabalha, mais se tem. Agora, tirar a uns para dar a outros, não acredito nisso, não acredito que funcione. Tem que se ajudar as crianças, os deficientes, os velhinhos, mas os outros devem ir trabalhar", conclui.

António Frias nasceu há 65 anos em Santa Maria, Açores.Em 1955, emigrou com a família para Hudson, Massachusetts, e encontrou trabalho numa fábrica de calçado.

Dez anos depois, juntou-se ao irmão Joseph Frias e ao amigo Jack Santo, e inaugurou a S&F Concrete Contractors, que hoje está entre as maiores empresas de construção civil do Estado de Massachusetts.

António Frias comprou depois a parte do amigo e tornou-se sócio maioritário da empresa.Em 1989 recebeu a Ordem de Mérito Industrial de Portugal, tem um doutoramento honorífico da Massachusetts Maritime Academy, o Prémio Liderança do Portuguese Leadership Council, de Washington, do qual é membro fundador e, ainda, uma águia de bronze do Sport Lisboa e Benfica.

Hoje será homenageado com um banquete organizado pela Federação Luso-Americana de New Bedford.

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